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Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

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332 <strong>Metodologia</strong> e pré -história <strong>da</strong> <strong>África</strong><br />

essas ressalvas, os principais subgrupos do kwa são os seguintes, relacionados,<br />

tanto quanto possível, segundo a direção oeste -leste: 1. línguas kru; 2. kwa<br />

ocidental, que compreende o ew -fõ, o akan -guang (atualmente chamado, por<br />

vezes, de volta -camoe), o gã -a<strong>da</strong>ngme e as línguas residuais do Toga; 3. ioruba,<br />

igala; 4. grupo nupe; 5. grupo edo; 6. grupo idoma; 7. ibo; 8. ijo. O benue-<br />

-congo é essencialmente o mesmo subgrupo do níger -congo que Westermann<br />

denominou benue -cross ou semibantu, com a inclusão do bantu no interior <strong>da</strong><br />

subdivisão bantóide. Existem quatro divisões fun<strong>da</strong>mentais dentro do benue-<br />

-congo: 1. línguas do planalto; 2. jukunóide; 3. rio Cross, cuja principal língua<br />

é a <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de efik -ibibio; 4. bantóide, que compreende o bantu, o tiv e um<br />

grande número de línguas menores fala<strong>da</strong>s na área do curso médio do Benue.<br />

Certas línguas <strong>da</strong> Nigéria, antes considera<strong>da</strong>s semibantu, no sentido amplo,<br />

são em geral classifica<strong>da</strong>s como bantu atualmente; é o caso dos grupos ekoi e<br />

jarawa. A principal divisão no interior do próprio bantu pode situar -se entre<br />

essas línguas e o bantu no sentido tradicional. O bantu, neste último sentido,<br />

parece dividir -se em bantu oriental e bantu ocidental. Para uma subdivisão mais<br />

detalha<strong>da</strong>, emprega -se geralmente a divisão de Guthrie em zonas designa<strong>da</strong>s por<br />

letras, modifica<strong>da</strong>s de maneiras diversas por vários especialistas 37 .<br />

A classificação do grupo bantu, tomado em seu conjunto, como subgrupo<br />

do benue -congo, ele mesmo um ramo <strong>da</strong> grande família níger -congo, constituiu<br />

um dos aspectos mais controvertidos <strong>da</strong> classificação de Greenberg. Guthrie,<br />

em particular, adotou a tese de que o bantu é geneticamente independente, e as<br />

inúmeras semelhanças encontra<strong>da</strong>s entre o bantu e outras línguas do níger -congo<br />

resultam de influências bantu sobre um grupo de línguas fun<strong>da</strong>mentalmente<br />

diferentes. Dessa hipótese, deduziu que o ponto de origem do bantu é o “núcleo”<br />

do Shaba meridional, ao passo que Greenberg o situa no vale médio do Benue,<br />

na Nigéria, porque as línguas de parentesco mais estreito do subgrupo bantóide<br />

do benue -congo são fala<strong>da</strong>s nessa região 38 .<br />

O último grupo do níger -congo é o ramo a<strong>da</strong>maua oriental. O grupo a<strong>da</strong>maua<br />

compreende um grande número de comuni<strong>da</strong>des linguísticas relativamente<br />

pequenas, dentre as quais pode -se citar como exemplos o tchamba e o mbum.<br />

O ramo “oriental” compreende algumas línguas de maior importância como por<br />

exemplo o gbeya, na República Centro -Africana, e o zande 39 .<br />

37 A respeito desta classificação, ver M. GUTHRIE, 1948.<br />

38 Sobre a controvérsia a respeito do bantu, ver M. GUTHRIE, 1962, p. 273 -82; R. OLIVE R, 1966, p.<br />

361 -76 e J. H. GREENBERG, 1972, p. 189 -216.<br />

39 Uma lista detalha<strong>da</strong> <strong>da</strong>s línguas a<strong>da</strong>maua oriental encontra -se em J. H. GREENBERG, 1966, p. 9.

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