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Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

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<strong>Pré</strong> -<strong>História</strong> <strong>da</strong> <strong>África</strong> Central<br />

grande floresta, a qual continuou a representar um papel protetor. No início do<br />

Lupembiense subsistem ain<strong>da</strong> na indústria alguns bifaces, que logo desaparecem;<br />

não foram encontra<strong>da</strong>s machadinhas. Do ponto de vista <strong>da</strong> debitagem, a técnica<br />

levalloisiense predomina na obtenção de lâminas e lascas; o retoque é feito<br />

por percussão. Num estágio posterior, a técnica levalloisiense continua a ser<br />

emprega<strong>da</strong> na obtenção de lascas, mas uma outra técnica, muito mais avança<strong>da</strong>,<br />

a debitagem por pressão, é utiliza<strong>da</strong> na produção de lâminas bastante grandes,<br />

que vão permitir a fabricação de peças longas, estreitas e notavelmente retoca<strong>da</strong>s.<br />

Os últimos trabalhos relativos ao Lupembiense permitiram identificar cinco<br />

estágios.<br />

Lupembiense I<br />

É encontrado em to<strong>da</strong> a bacia ocidental do Zaire, onde constitui uma evolução<br />

local do Sangoense. Os elementos acheulenses desaparecem totalmente; o<br />

lascamento e o retoque são feitos por percussão. Os instrumentos do Sangoense<br />

subsistem, mas evoluem, diminuindo em dimensões absolutas. Os picões,<br />

picões -plainas, picões -planos não têm mais do que 15 cm. Surgem as goivas,<br />

buris, peças cortantes e serras talha<strong>da</strong>s a partir de lâminas. Com essas peças de<br />

cui<strong>da</strong>doso acabamento, a base dos instrumentos ain<strong>da</strong> é constituí<strong>da</strong> de lascas<br />

grosseiras. No final do Lupembiense I começam a aparecer pontas, punhais e<br />

ver<strong>da</strong>deiras pontas de flechas.<br />

Lupembiense II<br />

Este estágio foi definido em Pointe Kalina por J. Colette, mas é conhecido<br />

também no Stanley Pool. Os buris foliáceos do Lupembiense I evoluem,<br />

transformando -se em machados. Buris com bordo retilíneo e um novo tipo de<br />

trinchete com gume oblíquo substituem as formas conheci<strong>da</strong>s no Sangoense. As<br />

armas compreendem punhais de 15 a 35 cm de comprimento e pontas foliáceas<br />

delica<strong>da</strong>mente talha<strong>da</strong>s e muito finas.<br />

Lupembiense III<br />

Foi identificado nos depósitos de superfície do Stanley Pool e em alguns<br />

depósitos de Angola. Nesse estágio a técnica de debitagem <strong>da</strong> pedra atinge seu<br />

apogeu com o retoque -pressão. As lascas obti<strong>da</strong>s por uma técnica levalloisiense<br />

evoluí<strong>da</strong> são triangulares, retangulares ou ovais. Surge um instrumental<br />

pedunculado, que se desenvolve e se torna mais frequente. Os utensílios do<br />

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