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Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

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230 <strong>Metodologia</strong> e pré -história <strong>da</strong> <strong>África</strong><br />

Datação de pinturas rupestres pela análise<br />

de aglutinantes albuminosos<br />

É possível avaliar a i<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s pinturas determinando o número de aminoácidos<br />

de seus aglutinantes albuminosos após hidrólise. Esse método foi usado para<br />

calcular a i<strong>da</strong>de de 133 pinturas rupestres do sudoeste <strong>da</strong> <strong>África</strong>, com margem<br />

de erro de 20%. A Dama Branca (The White Lady) de Brandberg tem de 1200<br />

a 1800 anos. As pinturas de Limpopo têm de 100 a 800 anos e as amostras de<br />

Drakensberg, de 60 a 800 anos. O número de aminoácidos idênticos diminui,<br />

com a i<strong>da</strong>de <strong>da</strong> pintura, de 10 (nos aglutinantes com 5 a 10 anos de i<strong>da</strong>de) para<br />

1 (substâncias com 1200 a 1800 anos de i<strong>da</strong>de). 39<br />

Datação através <strong>da</strong> análise de argamassas<br />

A análise dos diferentes tipos de argamassa utilizados no Egito mostrou que a<br />

argamassa de cal não aparece antes de Ptolomeu I (323 -285 antes <strong>da</strong> Era Cristã). 40<br />

Qualquer monumento cujos tijolos ou pedras foram ligados com argamassa de cal<br />

pertence, portanto, a um período posterior a 323 antes <strong>da</strong> Era Cristã.<br />

Datação por radiocarbono<br />

Princípio básico<br />

Ao serem atingidos pelos raios cósmicos, os átomos do ar <strong>da</strong>s cama<strong>da</strong>s superiores<br />

<strong>da</strong> atmosfera desintegram -se em fragmentos minúsculos, dentre os quais encontram-<br />

-se os nêutrons. Os nêutrons produzidos bombardeiam o átomo que existe em<br />

maior abundância no ar, o nitrogênio de massa 14, e o convertem em carbono de<br />

peso atômico 14. O carbono 14 assim formado é radioativo; combina -se com o<br />

oxigênio do ar para formar 14 CO 2 e se mistura com o dióxido de carbono comum,<br />

que contém principalmente átomos de carbono de massas 12 (99 %) e 13 (1%).<br />

Esse carbono 14 penetra nas plantas juntamente com os isótopos 12 CO 2 e 13 CO 2<br />

formando seus tecidos pelo processo de fotossíntese. Como os animais se alimentam<br />

de plantas, “todo o mundo animal e vegetal deve ser ligeiramente radioativo, devido à<br />

presença de uma proporção mínima de carbono 14 (aproxima<strong>da</strong>mente um átomo de<br />

carbono 14 para um trilhão de átomos de carbono comum). O dióxido de carbono<br />

atmosférico entra também na composição dos oceanos sob a forma de carbonato<br />

39 DENNINGER, E. 1971, p. 80 -84.<br />

40 LUCAS. A. 1962, p. 416, 419 -20.

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