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Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

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Quadro cronológico <strong>da</strong>s fases pluviais e glaciais <strong>da</strong> <strong>África</strong><br />

vários milênios em to<strong>da</strong>s as regiões do globo situa<strong>da</strong>s nas baixas latitudes, com<br />

exceção do sudoeste dos Estados Unidos.<br />

De 12 000 B.P. até o presente<br />

Altas latitudes<br />

Este período é caracterizado pelo fim <strong>da</strong> glaciação e por um notável aumento<br />

<strong>da</strong>s temperaturas, que culminou entre 7300 e 4500 B.P. (o “ótimo climático”,<br />

ain<strong>da</strong> denominado na Europa de período “Atlântico”). A calota glacial <strong>da</strong><br />

cordilheira fundiu -se muito rapi<strong>da</strong>mente e desapareceu em torno de 10000 B.P.;<br />

a <strong>da</strong> Escandinávia desapareceu logo em segui<strong>da</strong> (9000 B.P.). Registram -se<br />

flutuações níti<strong>da</strong>s e rápi<strong>da</strong>s a intervalos de cerca de 2500 anos (por exemplo, o<br />

resfriamento do Dryas jovem entre 10800 e 10100 B.P.).<br />

Quanto à glaciação, o norte <strong>da</strong> Europa atingiu condições comparáveis às<br />

que prevalecem no presente ao redor de 8500 B.P., e a América do Norte, ao<br />

redor de 7000 B.P. (Nat. Acad. Sci., 1975). Nessa época, reduziu -se igualmente<br />

a calota glacial do oeste <strong>da</strong> Antárti<strong>da</strong>.<br />

Oceanos<br />

O aumento do nível do mar, que reflete o estado médio de fusão de to<strong>da</strong>s<br />

as geleiras <strong>da</strong> Terra, foi ain<strong>da</strong> bastante rápido entre 12000 e 7000 B.P. (mais<br />

de 1 m/século em média, mas com uma considerável desaceleração ou que<strong>da</strong><br />

ao redor de 11000 B.P.). Os oceanos parecem ter alcançado um nível muito<br />

próximo do atual a partir de 6000 B.P., e ter oscilado, desde então, em torno<br />

desse nível, com uma amplitude que não excedia alguns metros. A essa tendência<br />

geral superpõern -se flutuações vincula<strong>da</strong>s a variações climáticas gerais (Morner,<br />

1973).<br />

As zonas em que a sedimentação marinha foi razoavelmente rápi<strong>da</strong>, zonas estas<br />

estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s por Wollin e Ericson, também nos permitem acompanhar mu<strong>da</strong>nças<br />

na distribuição dos foraminíferos e, em especial, a variação <strong>da</strong> porcentagem do<br />

sinistrógiro Globorotalia truncatulinoides. De acordo com Morner (1973), os<br />

picos <strong>da</strong>s curvas correspondentes poderiam estar em correlação com os picos<br />

<strong>da</strong>s curvas <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças climáticas registra<strong>da</strong>s através de exames isotópicos<br />

dos gelos <strong>da</strong> Groenlândia, escalas palinológicas e flutuações do nível do mar.<br />

Contudo, chega -se aqui ao limite de precisão do método de <strong>da</strong>tação radiométrica<br />

e fazem -se necessárias interpolações lineares entre as <strong>da</strong>tas, levando -se em<br />

consideração as variações <strong>da</strong>s taxas de sedimentação. Além disso, a distorção <strong>da</strong><br />

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