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Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

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226 <strong>Metodologia</strong> e pré -história <strong>da</strong> <strong>África</strong><br />

<strong>da</strong> pesquisa científica possibilitou um julgamento mais seguro <strong>da</strong> autentici<strong>da</strong>de<br />

de um objeto. Os métodos mais eficientes são os seguintes:<br />

Exame com raios ultravioleta<br />

Esta técnica é útil principalmente no exame do marfim e do mármore. Sob<br />

a luz ultravioleta, os diferentes tipos de mármore emitem fluorescência em<br />

diferentes cores e a superfície dos mármores antigos projeta uma cor característica<br />

muito diferente <strong>da</strong> cor apresenta<strong>da</strong> pelas pedras mais recentes. Do mesmo modo,<br />

alterações ou retoques em objetos de mármore ou marfim antigos, bem como<br />

em pinturas, invisíveis à luz comum, podem ser notados distintamente quando<br />

o objeto é examinado sob luz ultravioleta. A luz infravermelha e os raios X<br />

também são muito úteis na detecção de falsificações. 35<br />

Exame <strong>da</strong> corrosão superficial<br />

Em geral, os metais antigos são corroídos lentamente e, com o tempo, a<br />

corrosão provoca o surgimento de uma película homogênea. Nas falsificações<br />

de objetos de metal, geralmente é aplica<strong>da</strong> uma película artificial à superfície<br />

do objeto, o que lhe confere uma aparência antiga. Mas essa película não adere<br />

muito bem e pode ser removi<strong>da</strong> com sol ventes, tais como água, álcool etílico,<br />

acetona ou piridina. Além disso, nos objetos de cobre e de bronze, essa crosta<br />

artificial compõe -se geralmente de uma só cama<strong>da</strong>, distinguindo -se <strong>da</strong> que se<br />

formou naturalmente. Esta é sempre composta de pelo menos duas cama<strong>da</strong>s: a<br />

interior, de óxido de cobre vermelho, e a exterior, verde de carbonato, sulfato ou<br />

cloreto do mesmo metal. É muito difícil reproduzir essa disposição, a ponto de<br />

enganar um experiente químico de museu arqueológico.<br />

Análise do material do objeto<br />

Um notável exemplo <strong>da</strong> vali<strong>da</strong>de deste teste é fornecido pela análise do<br />

grão <strong>da</strong> antiga faiança egípcia. Enquanto o grão <strong>da</strong> antiga faiança egípcia<br />

autêntica é composto de quartzo vitrificado, o <strong>da</strong>s falsificações modernas é<br />

geralmente constituído de caulim, argila ou porcelana; a identificação é, deste<br />

modo, bastante rápi<strong>da</strong> e segura. Outro exemplo: como as técnicas metalúrgicas<br />

antigas não envolviam processos de refinamento adequados, os metais <strong>da</strong><br />

Antigui<strong>da</strong>de contêm certas impurezas, tais como arsênico, níquel, manganês, etc.<br />

35 CAI.EV. F. R. 1948, p. 1 -8.

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