29.03.2013 Views

Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

110 <strong>Metodologia</strong> e pré -história <strong>da</strong> <strong>África</strong><br />

do Saara (morto em 1738) 8 ; outros textos interessantes são o relatório de el -<br />

Tamghruti, embaixador marroquino junto à corte otomana em 1589 -1591 9 , e a<br />

Rihla de Ibn Othman, embaixador do Marrocos junto à corte de Madri.<br />

Nos países entre o Marrocos e o Egito as crônicas locais não eram tão<br />

abun<strong>da</strong>ntes, nem tinham a mesma quali<strong>da</strong>de. No que diz respeito à Argélia, há<br />

histórias anônimas em árabe e em turco, de Aru e Khayruddin Barbarossa 10 , e<br />

uma história militar que vai até 1775, de Mohammed el -Tilimsani 11 . A história<br />

<strong>da</strong> Tunísia pode ser reconstituí<strong>da</strong> graças a uma série de anais, desde el -Zarkachi<br />

(até 1525) 12 até Maddish el -Safakusi (morto em 1818) 13 . Uma história de Trípoli<br />

foi escrita por Mohammed Ghalboun (1739) 14 . As crônicas e biografias ibaditas,<br />

como a de al -Shammakhi (morto em 1524), merecem atenção especial, já que<br />

fornecem muitas informações valiosas sobre o Saara e o Sudão 15 .<br />

Biografias ou dicionários biográficos, gerais ou específicos, na maior parte<br />

consagrados a pessoas proeminentes (eruditos, advogados, príncipes, místicos,<br />

escritores, etc.), geralmente combinam materiais biográficos com narrativas<br />

históricas, esclarecendo muitos aspectos <strong>da</strong> história cultural e social. Obras desse<br />

gênero proliferaram em todos os países árabes, especialmente no Marrocos.<br />

Mesmo algumas poesias, às vezes em dialetos vernáculos, podem servir como<br />

fontes históricas, como, por exemplo, os poemas satíricos do egípcio el -Sijazi<br />

(morto em 1719), em que ele descreve os principais acontecimentos de sua época 16 .<br />

No que se refere à história do Egito otomano, deve -se recorrer a crônicas,<br />

em grande parte ain<strong>da</strong> inéditas e inexplora<strong>da</strong>s. O Egito produziu, nesse período,<br />

apenas dois grandes historiadores – um no início do domínio turco, o outro<br />

exatamente no fim: Ibn Iyas (morto em 1524) fez um registro diário <strong>da</strong> história<br />

de sua época, oferecendo, assim, uma riqueza de detalhes raramente encontra<strong>da</strong><br />

em outras obras 17 ; el -Jabarti (morto em 1822) é o cronista dos últimos dias<br />

do domínio otomano, <strong>da</strong> ocupação napoleônica e <strong>da</strong> ascensão de Mohammed<br />

8 Ambas traduzi<strong>da</strong>s por S. BERBRUGGER, Paris, 1846.<br />

9 Traduzido por H. de CASTRIES, Paris, 1929.<br />

10 Editado por NURUDDIN, Argel, 1934.<br />

11 Traduzido por A. ROUSSEAU, Argel, 1841.<br />

12 Traduzido por E. PAGNA, Constantina, S.d.<br />

13 Publicado em Túnis, 1903.<br />

14 Publicado por Ettore ROSSI, Bolonha, 1936. Há também algumas crônicas turcas <strong>da</strong> Tripolitânia.<br />

15 LEWICKI, T. 1961.<br />

16 Mencionado por EL -JABARTI.<br />

17 WIET, G. Journal d’un bourgeois du Caire.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!