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Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

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410 <strong>Metodologia</strong> e pré -história <strong>da</strong> <strong>África</strong><br />

Zonas tropical e subtropical<br />

A atual zona tropical <strong>da</strong> <strong>África</strong> possui um regime de ventos provenientes<br />

sobretudo do leste e níti<strong>da</strong>s variações sazonais de temperatura. A parte ocidental<br />

desta zona, situa<strong>da</strong> na costa do Atlântico, apresenta alísios estáveis, temperatura<br />

amena, alta umi<strong>da</strong>de atmosférica e baixíssima pluviosi<strong>da</strong>de. A parte restante<br />

abrange os grandes desertos do norte e do sul do continente. São regiões quentes<br />

e ári<strong>da</strong>s, com uma grande variação diurna de temperatura e um máximo absoluto<br />

de temperatura. A zona subtropical compreende as extremi<strong>da</strong>des setentrional e<br />

meridional do continente e se caracteriza pela presença de massas de ar tropicais<br />

no verão e de massas de ar de tipo temperado no inverno. A temperatura e<br />

a pluviosi<strong>da</strong>de sazonais variam consideravelmente. As regiões de clima<br />

mediterrâneo apresentam tempo bom e claro no verão, e chuvoso no inverno.<br />

O Saara<br />

O Saara representa talvez o elemento mais notável desta zona. Estendendo-<br />

-se por mais de 5500 km do mar Vermelho ao Atlântico, e tendo de norte a sul,<br />

uma largura média superior a 1700 km, cobre quase um quarto <strong>da</strong> área total<br />

do continente africano. Em to<strong>da</strong> essa região, a pluviosi<strong>da</strong>de, embora muito<br />

desigualmente distribuí<strong>da</strong>, é superior a 100 mm/ano em certos locais e, em<br />

média, muito inferior. Consequentemente, não se conhecem rios perenes no<br />

Saara, com exceção do Nilo, que recebe suas águas de fontes situa<strong>da</strong>s fora do<br />

deserto. Os lençóis permanentes e efêmeros resultantes do escoamento superficial<br />

não têm importância para a vi<strong>da</strong> humana atual, ao contrário dos poços e fontes<br />

alimentados por lençóis subterrâneos.<br />

O Saara é constituído por um rígido embasamento de rochas pré -cambrianas<br />

recobertas por sedimentos do Paleozoico ao Cenozoico, os quais permaneceram<br />

estáveis durante a maior parte do Fanerozoico. Ocorreram dobramentos e<br />

arqueamentos <strong>da</strong> crosta somente na cadeia do Atlas, do golfo de Gabes ao<br />

Marrocos, e nas colinas do mar Vermelho, a leste do Nilo. Uma ativi<strong>da</strong>de<br />

semelhante é observa<strong>da</strong> em Cirenaica e no subsolo <strong>da</strong> costa setentrional <strong>da</strong><br />

<strong>África</strong>. Estes dobramentos pertencem ao sistema alpino de orogênese do<br />

Cenozoico Superior e do Quaternário. A cadeia do mar Vermelho, por outro<br />

lado, está liga<strong>da</strong> aos movimentos tectônicos e à extensão do grande Rift Valley<br />

africano.<br />

A mais extensa área de elevações é a do maciço do Atlas, que apresenta a<br />

maior pluviosi<strong>da</strong>de. Elevações menores estão presentes em Cirenaica e nos

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