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Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

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A Arqueologia <strong>da</strong> <strong>África</strong> e suas técnicas – Processos de <strong>da</strong>tação<br />

acumulados emitem uma termoluminescência que varia de acordo com a i<strong>da</strong>de<br />

<strong>da</strong> cerâmica. Esta técnica permite aos conservadores de museus uma apreciação<br />

segura <strong>da</strong> autentici<strong>da</strong>de de um objeto de cerâmica. A amostra necessária pode<br />

ser consegui<strong>da</strong> fazendo um pequeno furo no objeto. O pó obtido é aquecido<br />

a mais de 500 o C no escuro. Se houver luminescência, a cerâmica é genuína; se<br />

não, trata -se de falsificação. 37<br />

Técnicas de <strong>da</strong>tação<br />

A ciência dispõe de várias técnicas para determinar a i<strong>da</strong>de de materiais<br />

antigos. As principais são as seguintes:<br />

Datação aproximativa pela análise arqueométrica<br />

A análise de espécimes pertencentes ao mesmo grupo de materiais (gesso,<br />

vidro, faiança, metais e pigmentos), mas que remontam a épocas diferentes,<br />

pode fornecer resultados passíveis de serem utilizados como pistas para a<br />

determinação <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de aproxima<strong>da</strong> de outros objetos. Os exemplos seguintes<br />

confirmam essa ideia.<br />

Datação através <strong>da</strong> análise de contas de vidro na <strong>África</strong> ocidental<br />

As contas dicroicas akori, que parecem azuis à luz refleti<strong>da</strong> e verdes à luz<br />

transmiti<strong>da</strong>, foram submeti<strong>da</strong>s à análise por fluorescência de raios X, que permite<br />

classificá -las em dois grupos, A e B. As contas do grupo A são mais pobres em<br />

chumbo (menos de 0,05%) e em arsênico (menos de 0,05%) que as do grupo<br />

B, nas quais a taxa de chumbo é de mais ou menos 27 % e a de arsênico de 2%.<br />

A diferença em relação ao manganês é menor (grupo A: 0,3 ± 0,1% e grupo B:<br />

aproxima<strong>da</strong>mente 0,05%). Outros elementos detectados: ferro, cobalto, zinco,<br />

rubídio, estrôncio, estanho, antimônio e bário, em relação aos quais não foi nota<strong>da</strong><br />

nenhuma diferença significativa entre um grupo e outro. As contas do grupo A<br />

são encontra<strong>da</strong>s na <strong>África</strong> ocidental, em sítios insulares relativamente antigos (430<br />

a 1290 <strong>da</strong> Era Cristã), enquanto as do grupo B só aparecem em contextos mais<br />

recentes. A descoberta dessas contas em um túmulo ou em determinado estrato<br />

permite determinar com certa precisão a i<strong>da</strong>de de um ou de outro 38 .<br />

37 AITKEN, M. J. 1970, p. 77-88.<br />

38 DAVISON, C. C., GIAUQUE, R. D. e CLARK, J. D. 1971, p. 645 -49.<br />

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