29.03.2013 Views

Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

As fontes escritas a partir do século XV<br />

em 1873), intitula<strong>da</strong> <strong>História</strong> dos Imanes e Sayyds de Omã, à qual foi incorporado<br />

um trabalho anterior, escrito na déca<strong>da</strong> de 1720, por Sirhan Ibn Sirhan de Omã 58 .<br />

O século XVIII não deixou nenhuma fonte árabe externa de grande valor<br />

para a história <strong>da</strong> <strong>África</strong> ao sul do Saara; e somente no início do século seguinte é<br />

que vamos assistir a um certo reflorescimento nesse domínio. El -Tounsy (morto<br />

em 1857), já citado, descreveu sua visita a Ua<strong>da</strong>i na primeira crônica dedica<strong>da</strong><br />

àquele reino, e redigiu também um valioso relatório sobre Darfur 59 . Algumas<br />

déca<strong>da</strong>s antes, e do outro lado do cinturão su<strong>da</strong>nês, o marroquino Abd es -Salam<br />

Shabayni registrou informações sobre Tombuctu e a região de Macina, antes <strong>da</strong><br />

ascensão dos Dina 60 .<br />

A história do Império Songhai, sua que<strong>da</strong> e o posterior desenvolvimento do<br />

vale do Níger foram registrados não só pelos cronistas su<strong>da</strong>neses mas também<br />

por alguns dos historiadores marroquinos acima mencionados. Recentemente<br />

muitas fontes até então desconheci<strong>da</strong>s sobre as relações entre o Magreb e o<br />

Sudão foram descobertas em bibliotecas marroquinas e aguar<strong>da</strong>m publicação<br />

e estudo por parte dos historiadores <strong>da</strong> <strong>África</strong>. Deve haver também material<br />

muito valioso, em árabe e turco, disperso pelos outros países norte -africanos e na<br />

própria Turquia, e de cuja existência temos, até o presente momento, informações<br />

extremamente escassas. Essa situação oferece perspectivas interessantes para o<br />

historiador, e a localização, organização e tradução desse material estão entre as<br />

tarefas mais urgentes para o futuro.<br />

Os materiais em outras línguas orientais são ain<strong>da</strong> mais escassos que em<br />

árabe, o que, to<strong>da</strong>via, não significa que não possamos descobrir novos materiais,<br />

menos ou mais importantes, por exemplo em persa ou em certas línguas hindus.<br />

Até agora, a principal fonte ain<strong>da</strong> é o viajante turco Evliya Chelebi, que visitou<br />

o Egito e parte do Sudão e <strong>da</strong> Etiópia; no entanto seu conhecimento de<br />

outras regiões <strong>da</strong> <strong>África</strong> só se fez indiretamente 61 . O mesmo acontece com seu<br />

compatriota o Almirante Sidi Ali, que copiou e traduziu do árabe trechos do<br />

livro de Ahmad Ibn Majid, Al ‑Muhit, sobre o oceano Índico, acrescentando-<br />

-lhes apenas alguns detalhes 62 . No início do século XIX, um estudioso de<br />

Azerbaijani, Zain el -Abidin Shirvani, visitou a Somália, a Etiópia, o Sudão<br />

58 Trad. por BADGER, G. P. Londres, 1871.<br />

59 Voyage ao Oua<strong>da</strong>y. Trad. por Dr. PERRON, Paris, 1851.<br />

60 Publicado por JACKSON, J. G. An Account of Timbuctoo and Housa, Territories in the Interior of Africa,<br />

Londres, 1820 (reeditado em 1967).<br />

61 CHELEBI, E. Seychatname, Istambul, 1938.<br />

62 BITTNER, M. 1897.<br />

119

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!