29.03.2013 Views

Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

420 <strong>Metodologia</strong> e pré -história <strong>da</strong> <strong>África</strong><br />

os períodos glaciais europeus e as fases pluviais africanas. Esta proposta foi<br />

recusa<strong>da</strong> por vários autores (Tricart, 1956; Balout, 1952; e outros).<br />

A resposta a essa questão de correlação mostra -se muito mais complexa na<br />

reali<strong>da</strong>de e somente agora começa a ser divisa<strong>da</strong>, graças, por um lado, a um<br />

melhor conhecimento dos mecanismos de climatologia global e, por outro, à<br />

cronologia climática detalha<strong>da</strong> dos últimos milhares de anos.<br />

Magnetoestratigrafia e cronologia radiométrica<br />

Além <strong>da</strong>s observações feitas acima por Rushdi Said, é preciso notar que<br />

frequentemente se confundem as uni<strong>da</strong>des litoestratigráficas, bioestratigráficas e<br />

cronoestratigráficas, de sorte que a falta de precisão nas definições acabou por criar<br />

uma nomenclatura de difícil utilização em um quadro cronológico mais rigoroso.<br />

Assim, determinados elementos do campo magnético, como inclinação ou<br />

intensi<strong>da</strong>de, parecem estar estreitamente relacionados a elementos climáticos<br />

(Figs. 1 e 2).<br />

Glaciações quaternárias e cronologia<br />

É provável que, no Quaternário, pelo menos doze resfriamentos importantes<br />

tenham sido registrados nos depósitos contínuos acumulados no fundo dos oceanos<br />

(ver Fig. 2). Cerca de oito somente foram reconhecidos nos depósitos continentais<br />

do norte <strong>da</strong> Europa. Os terraços fluviais e os depósitos glaciais <strong>da</strong> região alpina são<br />

relacionados a quatro (ou seis) glaciações clássicas: Günz, Mindel, Riss, Würm (e<br />

Donau, Biber), ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s quais pode compreender vários “estádios”.<br />

A natureza descontínua <strong>da</strong>s evidências continentais torna difícil, e quase sempre<br />

ilusório, estabelecer correlações entre os períodos glaciais de regiões distantes<br />

quando não estão situa<strong>da</strong>s com confiabili<strong>da</strong>de numa escala magnetocronológica<br />

ou radiométrica. De fato, é imprecisa a cronologia estabeleci<strong>da</strong> para as glaciações<br />

alpinas. Os termos Günz, Mindel, Riss, Würm e Biber têm sido empregados<br />

em diferentes regiões para indicar formações não sincrônicas. Assim, de acordo<br />

com a <strong>da</strong>tação potássio -argônio <strong>da</strong>s rochas vulcânicas intercala<strong>da</strong>s nos terraços<br />

do Reno, as formações conheci<strong>da</strong>s como Mindel I e II teriam 0,3 e 0,26 M.A.,<br />

e os terraços denominados Günz I e II teriam 0,42 -0,34 M.A. Porém o termo<br />

Günz é por vezes aplicado ao período frio que antecede o Cromeriano, que teria,<br />

portanto, uma i<strong>da</strong>de de 0,9 a 1,3 M.A., coincidindo com o período frio que

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!