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Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

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356 <strong>Metodologia</strong> e pré -história <strong>da</strong> <strong>África</strong><br />

do que as <strong>da</strong> facha<strong>da</strong> atlântica <strong>da</strong> zona equatorial. As amplitudes diurnas são<br />

mais altas nas regiões que pertencem climaticamente ao mundo índico.<br />

Climas tropicais<br />

Manifestam -se na vasta área influencia<strong>da</strong> pelos deslocamentos <strong>da</strong> frente<br />

intertropical, ao norte e ao sul <strong>da</strong> zona equatorial. O noroeste <strong>da</strong> <strong>África</strong>, entre<br />

os 4 o de latitude e o Trópico de Câncer, possui uma gama varia<strong>da</strong> de climas,<br />

desde as duas passagens equinociais ao sul à passagem solsticial única ao norte.<br />

No litoral do golfo <strong>da</strong> Guiné, o clima é subequatorial ou guineense, sem estação<br />

seca, mas apresentando uma pluviosi<strong>da</strong>de mais acentua<strong>da</strong> quando <strong>da</strong>s duas<br />

passagens do sol pelo zênite. O efeito orográfico <strong>da</strong> barreira costeira provoca a<br />

condensação de uma forte umi<strong>da</strong>de trazi<strong>da</strong> pela monção do sudoeste. A faixa<br />

costeira, desde a República <strong>da</strong> Guiné até a Libéria, recebe mais de 2000 mm<br />

de precipitações anuais.<br />

A região do Sudão, localiza<strong>da</strong> mais ao norte, apresenta vários aspectos de<br />

clima intertropical. Distingue -se uma varie<strong>da</strong>de seca que anuncia o deserto.<br />

Em latitudes mais altas, as duas estações, a úmi<strong>da</strong> e a seca, alternam -se na zona<br />

intertropical. Entre os dois extremos – fortes chuvas equatoriais e a aridez do<br />

Trópico de Câncer – encontramos as seguintes gra<strong>da</strong>ções:<br />

a) A primeira subzona caracteriza -se por apresentar índices pluviométricos<br />

anuais entre 1500 e 2000 mm e precipitações que duram mais de seis meses.<br />

As amplitudes térmicas anuais aumentam em relação às <strong>da</strong> zona equatorial.<br />

b) A subzona central é mais seca, pois as precipitações ocorrem somente de<br />

três a seis meses por ano, totalizando de 600 a 1500 mm. As amplitudes<br />

térmicas mostram sensível aumento.<br />

c) A subzona setentrional, conheci<strong>da</strong> como Sahel na <strong>África</strong> ocidental, recebe menos<br />

de 600 mm de precipitações, que ocorrem durante menos de três meses. As<br />

chuvas são ca<strong>da</strong> vez mais irregulares e as variações de temperatura são crescentes.<br />

d) Ao sul do Equador, distingue -se a mesma distribuição latitudinal <strong>da</strong>s varie<strong>da</strong>des<br />

climáticas tropicais. Observam -se, porém, gra<strong>da</strong>ções mais níti<strong>da</strong>s, por ser a <strong>África</strong><br />

austral menos maciça e devido à importância <strong>da</strong>s altas elevações que dominam as<br />

planícies costeiras banha<strong>da</strong>s pelo oceano Índico. A convergência do ar marítimo<br />

equatorial do noroeste e do ar marítimo tropical do leste provoca chuvas<br />

abun<strong>da</strong>ntes nas costas de Moçambique e na facha<strong>da</strong> oriental de Ma<strong>da</strong>gáscar.<br />

A costa atlântica, ao contrário, é seca devido à presença <strong>da</strong> corrente quente de<br />

Benguela, responsável pela existência do deserto <strong>da</strong> Namíbia.

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