29.03.2013 Views

Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

412 <strong>Metodologia</strong> e pré -história <strong>da</strong> <strong>África</strong><br />

africano foi encontrado no norte até o oásis de Biskra, ao sul <strong>da</strong> Tunísia. As<br />

características do sistema de drenagem do deserto indicam a ocorrência, no<br />

passado, de índices pluviométricos mais elevados. A oeste de Ahaggar, uma<br />

planície imensa estende -se a poucas centenas de quilômetros do Atlântico,<br />

declinando suavemente a partir <strong>da</strong>s margens <strong>da</strong> depressão de El Juf. Vê -se<br />

claramente que, no passado, tal planície formava a bacia de evaporação de um<br />

vasto sistema hidrográfico. São significativas as linhas de drenagem que se<br />

dirigem para o sul a partir <strong>da</strong>s encostas meridionais do Atlas, destacando -se<br />

o uede Saura, com mais de 500 km de extensão. Trata -se de um vale que, no<br />

passado, suportou um volume de água suficiente para remover as areias eólicas<br />

que hoje obstruem seu curso médio.<br />

Das colinas do mar Vermelho, alguns uedes alcançam até 300 km, drenando<br />

áreas de aproxima<strong>da</strong>mente 50000 km². Um deles, o wadi Jharit, que desemboca<br />

na planície de Kom Ombo ao norte de Assuã, é cercado por delga<strong>da</strong>s cama<strong>da</strong>s<br />

aluviais de siltitos finos com mais de 100 m de profundi<strong>da</strong>de; Estes foram<br />

certamente depositados por um rio perene de débito considerável.<br />

Monod (1963) fez um estudo dos principais trabalhos sobre as divisões<br />

c1imatoestratigráficas do Saara. Ele cita o trabalho de Alimen, Chavaillon e<br />

Margat (1959) sobre a clássica bacia do Saura, para a qual foram sugeridos os<br />

seguintes períodos, do mais antigo ao mais recente:<br />

• Pluvial Villafranchiano (= Aidiano): areia, cascalho, conglomerados de cor<br />

rosa -avermelhado sobre rochas mais antigas.<br />

• Pós -Villafranchiano árido: brechas de talude, loess arenoso etc., recobertos<br />

por um paleossolo marrom -avermelhado. Utensílios de seixos grosseiramente<br />

lascados foram observados em um sítio na Argélia.<br />

• Primeiro pluvial Mazzeriano (Q/a): conglomerados e areias.<br />

• Pós -Mazzeriano árido: depósitos de argila arenosa, areias eólicas, entulho.<br />

• Segundo pluvial Taourirtiano (ou ougartiano I) (Q/b): conglomerados,<br />

cultura de seixos bem desenvolvi<strong>da</strong>, possivelmente do Acheulense Médio.<br />

• Pós -Taourirtiano árido: erosão.<br />

• Terceiro pluvial (ou Ougartiano II): seixos de várias cores e areias ou um<br />

paleossolo vermelho -castanho.<br />

• Pós -Taourirtiano árido: erosão.<br />

• Quarto pluvial (Q 1 ) sauriano: areias cinza -esverdea<strong>da</strong>s, materiais detríticos,<br />

solos fósseis negros – Ateriense.<br />

• Pluvial pós -sauriano: crosta de arenito – Neolítico.<br />

• Fase úmi<strong>da</strong> guiriana (Q 2a ): Neolítico.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!