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Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

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Quadro cronológico <strong>da</strong>s fases pluviais e glaciais <strong>da</strong> <strong>África</strong><br />

oriundos <strong>da</strong>s terras altas <strong>da</strong> Etiópia), bem como uma abundância de epídoto,<br />

o que distingue estes depósitos <strong>da</strong>queles do Neo -Nilo e do Nilo moderno.<br />

Assinala -se um pluvial menor durante as fases iniciais deste intervalo.<br />

Pluvial Abbassia<br />

De 125000 a 80000 B.P.<br />

O <strong>Pré</strong> -Nilo pára de correr no Egito, suas cabeceiras são corta<strong>da</strong>s pela<br />

elevação do maciço <strong>da</strong> Núbia. Este pluvial caracteriza -se pela presença de<br />

cascalhos poligênicos, oriundos <strong>da</strong>s colinas do mar Vermelho, cuja superfície<br />

foi profun<strong>da</strong>mente desintegra<strong>da</strong> mas pouco lixivia<strong>da</strong>. Nestes cascalhos são<br />

encontrados utensílios do Acheulense Superior em grande quanti<strong>da</strong>de.<br />

Fase ári<strong>da</strong> Abbassia/Makhadma<br />

De 80000 a ?40000 B.P.<br />

Erosão.<br />

Subpluvial Makhadma<br />

De ?40000 a 27000 B.P.<br />

Registros de enxurra<strong>da</strong>s, utensílios de tradição sangoense -lupembiense em<br />

vários declives do leito erodido do <strong>Pré</strong> -Nilo. No deserto, encontram -se por to<strong>da</strong><br />

parte artefatos de tradição musteriense e ateriense.<br />

Fase ári<strong>da</strong> do Neo ‑Nilo<br />

(Q 3 ) de 27000 B.P. até o presente.<br />

Um rio (o Neo -Nilo) com cabeceiras e regime similares aos do Nilo moderno<br />

entra no Egito. O Neo -Nilo passou por fases de recessão que formaram máximos<br />

subpluviais: o subpluvial Deir el -Fakhuri (15000 a 12000 B.P.); subpluvial<br />

Dishna (10000 a 9200 B.P.) e Neolítico (7000 a ?6000 B.P.).<br />

Pode -se afirmar, portanto, que os sedimentos do vale do Nilo não são muito<br />

diferentes dos registrados no Saara. Generalizando, é possível relacionar o<br />

pluvial Armant egípcio ao pluvial Villafranchiano do noroeste do Saara, o Edfon<br />

ao Mazzeriano, o Abbassia ao Ougartiano, o Makhadma ao Sauriano, o Deir<br />

el -Fakhuri, o Dishna e o Neolítico ao Guiriano.<br />

Concluindo, cabe observar que os pluviais africanos têm possivelmente suas<br />

origens nas variações climáticas do globo que, em teoria, corresponderiam às<br />

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