29.03.2013 Views

Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

236 <strong>Metodologia</strong> e pré -história <strong>da</strong> <strong>África</strong><br />

inclinação (I). 57 Para compensar anomalias, seis ou mais amostras devem ser<br />

utiliza<strong>da</strong>s, de preferência retira<strong>da</strong>s de diferentes partes <strong>da</strong> estrutura, levando -se<br />

em conta uma certa simetria. 58<br />

Resultados arqueomagnéticos relativos à declinação e à inclinação foram<br />

obtidos para a Inglaterra, a França, o Japão, a Islândia e a Rússia. Pelas informações<br />

de que dispomos, o método ain<strong>da</strong> não foi testado na <strong>África</strong>. Entretanto, como<br />

tem progredido muito nos últimos anos, espera -se que ele possa ser logo aplicado<br />

para <strong>da</strong>tação na Arqueologia <strong>da</strong> <strong>África</strong>.<br />

Datação por termoluminescência<br />

A termoluminescência é a emissão de luz produzi<strong>da</strong> por uma substância<br />

altamente aqueci<strong>da</strong>. Difere totalmente <strong>da</strong> incandescência (obti<strong>da</strong> aquecendo ao<br />

rubro um corpo sólido) e resulta de uma liberação <strong>da</strong> energia acumula<strong>da</strong> em<br />

forma de nêutrons aprisionados no material aquecido.<br />

Origem<br />

To<strong>da</strong> cerâmica ou porcelana contém pequenas proporções de componentes<br />

radioativos (alguns milionésimos de urânio e tório e alguns centésimos de<br />

potássio). Além disso, o solo próximo ao lugar em que foram descobertas as<br />

cerâmicas pode conter impurezas radioativas; por outro lado, raios cósmicos<br />

podem ter penetrado o solo, emitindo radiações que bombardearam as matérias<br />

cristalinas <strong>da</strong> cerâmica, como o quartzo. A ionização resultante produz<br />

elétrons que podem ser aprisionados dentro <strong>da</strong> estrutura cristalina. Essas<br />

“armadilhas de elétrons” são metastáveis e, quando uma amostra de cerâmica<br />

é aqueci<strong>da</strong>, desaparecem, liberando o excesso de energia em forma de fótons.<br />

A intensi<strong>da</strong>de dessa luz – termoluminescência – está diretamente relaciona<strong>da</strong><br />

à i<strong>da</strong>de <strong>da</strong> peça. Depende também <strong>da</strong> natureza particular dos elementos que<br />

geram a termoluminescência presentes na amostra e nas proximi<strong>da</strong>des do local<br />

em que foi encontra<strong>da</strong>. 59 Medindo a quanti<strong>da</strong>de de urânio e potássio contidos<br />

no fragmento e no solo vizinho, pode -se calcular a intensi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> radiação<br />

recebi<strong>da</strong> anualmente pelo fragmento. Em princípio, a i<strong>da</strong>de é diretamente<br />

calcula<strong>da</strong> através <strong>da</strong> relação 60 :<br />

57 AITKEN, M. J. 1970, p. 77 -88.<br />

58 COOK, R. M. 1963, p. 59 -71.<br />

59 AITKEN, M. J. 1970, p. 77 -88; HALL, E. T. 1970, p. 135 -41.<br />

60 AITKEN, M. J. 1970, p. 77 -88.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!