29.03.2013 Views

Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

748 <strong>Metodologia</strong> e pré -história <strong>da</strong> <strong>África</strong><br />

caravana histórica. Levado para o Egito aproxima<strong>da</strong>mente no ano -500 pelos<br />

conquistadores persas, aparece com frequência no início <strong>da</strong> Era Cristã 7 .<br />

Em se tratando <strong>da</strong> pré -história, são principalmente os dois primeiros períodos e o<br />

início do período equidiano que nos interessam neste trabalho. São eles que marcam<br />

a vi<strong>da</strong> ativa desse espaço imenso, que mais tarde se tornaria o deserto do Saara.<br />

Por outro lado, no interior de ca<strong>da</strong> grande período, os especialistas, obcecados pela<br />

subdivisão cronológica, discutem os subperíodos. Mas as descobertas prosseguem; e<br />

é preciso tomar cui<strong>da</strong>do para não colar apressa<strong>da</strong> e rigi<strong>da</strong>mente etiquetas zoológicas<br />

sobre períodos inteiros de um passado tão pouco conhecido. Trata -se antes, se é<br />

que posso me expressar assim, de dinastias animais iconograficamente muito vagas,<br />

com inúmeras superposições. O carneiro, por exemplo, classificado como posterior<br />

ao búbalo e ao elefante, parece ser às vezes seu contemporâneo. Está presente nas<br />

mesmas paredes, representado com as mesmas técnicas e apresentando a mesma<br />

pátina. Talvez ele fosse pré -domesticado ou mantido em cativeiro, para fins religiosos.<br />

Da mesma forma, os grandes bois gravados de Dider (Tassili), um deles com mais de<br />

5 m, com grandes chifres em lira incorporando um símbolo, parecem contemporâneos<br />

do búbalo. O boi com pingente de Oued Djerat é colocado por alguns especialistas no<br />

período bubálico. Por outro lado, são frequentes as representações de novos animais,<br />

como por exemplo as corujas de Tan -Terirt, que, em número de aproxima<strong>da</strong>mente<br />

quarenta, sobrepõem -se às imagens de bovinos.<br />

Fora <strong>da</strong> região do Saara, os grandes períodos geralmente são posteriores e se<br />

definem por critérios que variam de autor para autor, sobretudo entre os que, para<br />

estabelecer uma periodização, apóiam -se, às vezes, em técnicas, gêneros e estilos 8 .<br />

Técnicas, gêneros e estilos<br />

Técnicas<br />

As gravuras<br />

As gravuras encontra<strong>da</strong>s nos locais onde também existem pinturas são, em<br />

geral, anteriores a estas, e sua melhor técnica surge nos períodos mais recuados.<br />

Aparecem sobre rochas areníticas menos duras, mas também em granitos<br />

7 Entretanto, o camelo parece ser conhecido desde o período faraônico. Cf. E. DEMOUGEOT, 1960, p.<br />

209 -47.<br />

8 Na <strong>África</strong> meridional, com base na forma do traço, na técnica de trabalho <strong>da</strong> rocha (incisão, martelagem<br />

mais ou menos acentua<strong>da</strong>, polimento, etc.) e no tipo de seres representados, certos autores distinguem<br />

dois grandes períodos, o primeiro com duas fases e o segundo com quatro.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!