29.03.2013 Views

Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Pré</strong> -<strong>História</strong> <strong>da</strong> <strong>África</strong> ocidental<br />

a existência de vastas campinas levemente arboriza<strong>da</strong>s, do tipo procurado pelo<br />

homem do Acheulense. Esse planalto apareceu como um promontório de terras<br />

habitáveis projetado para o sul de Air e <strong>da</strong> principal região acheulense do Saara<br />

(norte do paralelo 16). Com base no método do carbono 14, estabeleceu -se<br />

que o material associado aos utensílios acheulenses, nos cascalhos de base que<br />

enchem os canais cavados durante o período úmido anterior, <strong>da</strong>ta de uma época<br />

“anterior a 39.000 B.P.” 43 .<br />

Quando o homem do Acheulense habitava o planalto de Jos, é provável<br />

que o maciço de Futa Djalon também tivesse sido favorável à ocupação pelo<br />

homem; alguns utensílios acheulenses foram descobertos nessa região 44 . Há<br />

também vestígios do Acheulense Médio e Superior nos arredores e ao norte do<br />

alto Senegal; tais vestígios poderiam ser considerados um elo de ligação entre a<br />

região de Futa Djalon e os prolíficos sítios arqueológicos <strong>da</strong> Mauritânia.<br />

Traços do Acheulense foram registrados 45 no sudeste de Gana e ao longo <strong>da</strong>s<br />

cadeias montanhosas do Toga e de Atakora; esses traços sugerem a possibili<strong>da</strong>de<br />

de uma penetração pelo norte dessas regiões, que deviam ter um meio ambiente<br />

favorável. Entretanto, essa penetração parece não ter sido muito significativa.<br />

Na ver<strong>da</strong>de, nenhum vestígio do Acheulense foi descoberto na região através <strong>da</strong><br />

estratigrafia e é muito difícil, usando apenas a tipologia, classificar definitivamente<br />

como acheulenses pequenas coleções e raros espécimes. Isso acontece porque<br />

algumas formas tendem a sobrepor -se às formas mais recentes <strong>da</strong> indústria<br />

sangoense 46 ou a confundir -se com elas.<br />

O Sangoense<br />

É difícil definir o complexo industrial sangoense 47 e até se põe em dúvi<strong>da</strong><br />

a sua existência na <strong>África</strong> ocidental 48 . Sucedendo o Acheulense e conservando<br />

certas peças de seu instrumental, tais como picão e o biface, vem à luz um<br />

novo complexo industrial; a machadinha desapareceu, os esferoides tornaram-<br />

-se raros e deu -se priori<strong>da</strong>de aos picões, geralmente de forma pesa<strong>da</strong> e maciça.<br />

Encontramos também choppers, em geral talhados sobre seixos.<br />

43 BARENDSON, G. W. et al. 1965.<br />

44 CLARK, J. D. Atlas, 1967.<br />

45 DAVIES, O. 1964; CLARK, J. D. Atlas, 1967.<br />

46 DAVIES, O. 1964, p. 83 -97, 114, 137 -39.<br />

47 CLARK, J. D. 1971.<br />

48 WAI -OGUSU, B. 1973.<br />

695

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!