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Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

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620 <strong>Metodologia</strong> e pré -história <strong>da</strong> <strong>África</strong><br />

A floresta equatorial é margea<strong>da</strong> por florestas densas semidecíduas,<br />

frequentemente bastante degra<strong>da</strong><strong>da</strong>s, to<strong>da</strong>via capazes de sobreviver a uma<br />

estação seca de dois a três meses. Ao norte, elas constituem uma franja pouco<br />

extensa em latitude, que vai de Camarões ao lago Vitória, passando pelo sul<br />

<strong>da</strong> República Centro -Africana e na região entre os rios Bomu e Uele. Ao sul<br />

formam, com as savanas de origem antrópica, um mosaico vegetal que cobre<br />

parte <strong>da</strong> República Popular do Congo, o Baixo Zaire, as terras baixas do Cuango,<br />

o Kasai -Sankuru e o Lomami.<br />

Dispostas em arco ao redor <strong>da</strong> zona <strong>da</strong>s florestas densas guineenses, as<br />

florestas abertas e as savanas su<strong>da</strong>no -zambezianas cobrem regiões onde a estação<br />

seca chega a atingir sete meses: o centro de Camarões, a República Centro-<br />

-Africana, o Sudão Meridional, o leste de Ruan<strong>da</strong> e do Burundi, o Shaba no<br />

Zaire, a Zâmbia e Angola.<br />

Grandes depressões pantanosas são encontra<strong>da</strong>s ao longo dos rios, sobretudo<br />

no curso do Nilo Branco ao sul do Sudão, na bacia e na depressão do Upemba<br />

no Zaire, na bacia do Zambeze em Angola e na Zâmbia.<br />

Evolução do meio ambiente<br />

A reconstituição do meio ambiente do homem pré -histórico tornou -se<br />

um elemento importante <strong>da</strong>s pesquisas arqueológicas. Os primeiros estudos<br />

a respeito foram realizados no leste <strong>da</strong> <strong>África</strong>. Vários pesquisadores, como E.<br />

J. Wayland (1929, 1934), P. E. Kent (1942) e E. Nilsson (1940, 1949), haviam<br />

observado, no Quaternário, alternâncias de períodos úmidos (pluviais) e períodos<br />

secos (interpluviais).<br />

Os pluviais foram considerados contemporâneos <strong>da</strong>s glaciações do<br />

Hemisfério Norte e chamados, do mais antigo ao mais recente, Kagueriano,<br />

Kamasi ano e Gambliano. Posteriormente foram reconheci<strong>da</strong>s duas fases úmi<strong>da</strong>s<br />

do início do Holoceno, o Makaliano e o Nakuriano. L. S. B. Leakey (1949), J.<br />

D. Clark (1962, 1963) e outros tentaram depois estender o uso desses nomes,<br />

que haviam adquirido uma significação estratigráfica específica no leste <strong>da</strong><br />

<strong>África</strong>, a outras partes do continente. Por sua vez, autores como T. P. O’Brien<br />

(1939), H. B. S. Cooke (1958), R. F. A. Flint (1959), F. F. Zeuner (1959) e W.<br />

W. Bishop (1965) expressaram suas reservas quanto à generalização <strong>da</strong> teoria:<br />

as pesquisas efetua<strong>da</strong>s na <strong>África</strong> Central mostraram que existem intervalos de<br />

tempo consideráveis entre as fases pluviais <strong>da</strong>s duas regiões.

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