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Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

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618 <strong>Metodologia</strong> e pré -história <strong>da</strong> <strong>África</strong><br />

presença do homem num momento determinado, sem poder afirmar ain<strong>da</strong> se ele<br />

evoluiu localmente ou se veio de fora. Certamente ele cedo se a<strong>da</strong>ptou a meios<br />

bem definidos, com clima, flora e fauna próprios. O caçador -coletor primitivo<br />

precisava explorar esses meios para sobreviver, e já a escolha do material existente<br />

ditava seu procedimento quando <strong>da</strong> fabricação dos utensílios. É claro que o<br />

homem deve ter respondido de diferentes maneiras às diferentes condições<br />

cria<strong>da</strong>s pela diversi<strong>da</strong>de dos meios ambientes <strong>da</strong> <strong>África</strong> Central. Resultou,<br />

<strong>da</strong>í, a existência de áreas distintas que por vezes mostram traços comuns mas,<br />

ao mesmo tempo, a<strong>da</strong>ptações regionais, e mesmo locais, que não se explicam<br />

simplesmente pela influência de condições ecológicas diferentes. Entretanto<br />

seria prematuro falar em áreas culturais.<br />

Quadro geográfico<br />

Os traços gerais <strong>da</strong> morfologia <strong>da</strong> imensa região chama<strong>da</strong> <strong>África</strong> Central são<br />

o resultado de uma série de movimentos tectônicos que já haviam começado no<br />

início do Terciário, e que provavelmente ain<strong>da</strong> não cessaram.<br />

A bacia central, cuja altitude não ultrapassa 500 m, é rodea<strong>da</strong> por um<br />

cinturão de planaltos, de colinas ou de montanhas, formados nas cama<strong>da</strong>s<br />

geológicas que recobrem o embasamento cristalino pré -cambriano. Este aflora<br />

na periferia; é muito acidentado – particularmente em Kivu, onde chega a<br />

elevar -se acima de 3000 m – e bastante recortado pela erosão. Relevos muito<br />

elevados dominam o embasamento em alguns lugares: os planaltos basálticos<br />

(cerca de 3000 m) <strong>da</strong> margem sudeste do lago Kivu e <strong>da</strong> A<strong>da</strong>maua (cerca<br />

de 2500 m), os picos vulcânicos na região <strong>da</strong>s Virunga (cerca de 4500 m), o<br />

horst do Ruwenzori (5119 m) e o planalto do Huambo (cerca de 2600 m). Os<br />

movimentos tectônicos que afetaram as terras altas provocaram a formação de<br />

grabens, tais como a fossa a leste <strong>da</strong> <strong>África</strong> Central e o “buraco” do Benue.<br />

Exceto na região costeira ao sul de Angola e na bacia do Cubango -Zambeze,<br />

a <strong>África</strong> Central recebe chuvas abun<strong>da</strong>ntes. Na bacia, as precipitações são<br />

regulares o ano todo: representam mais de 1700 mm de água por ano. Nas costas<br />

do Gabão, no Rio Muni e em Camarões podem atingir 4000 mm. Nas regiões<br />

onde há uma estação seca (três a sete meses) as precipitações ain<strong>da</strong> atingem de<br />

800 a 1200 mm.<br />

Na <strong>África</strong> Central, a floresta densa e úmi<strong>da</strong>, que se desenvolve sob regime<br />

pluvial elevado entre as latitudes 50 N e 4 o S, cobre a bacia do Zaire, a maior parte<br />

<strong>da</strong> República Popular do Congo, o Gabão, o Rio Muni e o sul de Camarões. A

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