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Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

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244 <strong>Metodologia</strong> e pré -história <strong>da</strong> <strong>África</strong><br />

partes deteriora<strong>da</strong>s com uma solução fortemente concentra<strong>da</strong> de hidróxido de<br />

bário (aproxima<strong>da</strong>mente 20%), à qual é adiciona<strong>da</strong> certa quanti<strong>da</strong>de de ureia<br />

(aproxima<strong>da</strong>mente 10%) e de glicerol (aproxima<strong>da</strong>mente 15 %). Quimicamente<br />

falando, o método baseia -se na substituição dos íons de cálcio <strong>da</strong> pedra deteriora<strong>da</strong><br />

por íons de bário. Depois do tratamento, a pedra apresenta um endurecimento<br />

evidente e oferece maior resistência à ação dos fatores de degra<strong>da</strong>ção. O<br />

carbonato de bário assim formado incorpora -se à pedra (sem constituir um<br />

revestimento superficial com proprie<strong>da</strong>des distintas <strong>da</strong>s do interior). Espera -se<br />

que, com esse método, as superfícies trata<strong>da</strong>s não se pulverizem e que protejam<br />

as cama<strong>da</strong>s subjacentes contra o ataque <strong>da</strong>s intempéries.<br />

O tratamento foi utilizado em julho de 1973 para reforçar o pescoço <strong>da</strong> estátua<br />

<strong>da</strong> Esfinge de Gizeh, em rocha calcária, que estava em vias de desintegração. Até<br />

agora, o resultado tem sido satisfatório, mas é necessário manter o pescoço <strong>da</strong><br />

esfinge em observação ain<strong>da</strong> por uns dez anos, pelo menos, antes de consagrar<br />

definitivamente esta técnica de proteção e conservação de rochas calcárias.<br />

Paliativos<br />

Por mais confiança que depositemos na técnica de Lewin, o problema <strong>da</strong><br />

conservação dos monumentos de pedra por tratamento químico ain<strong>da</strong> não<br />

está resolvido. Certas medi<strong>da</strong>s de ordem mecânica ain<strong>da</strong> são recomen<strong>da</strong><strong>da</strong>s<br />

para garantir sua proteção contra os fatores de degra<strong>da</strong>ção. Podemos destacar<br />

algumas delas:<br />

• Nenhum produto que possa ve<strong>da</strong>r os poros <strong>da</strong> pedra deve ser empregado<br />

no tratamento <strong>da</strong>s superfícies dos monumentos ao ar livre, diretamente<br />

expostos aos raios solares. A cama<strong>da</strong> exterior <strong>da</strong> superfície correria o risco<br />

de destacar -se em escamas.<br />

• Convém dessalinizar regularmente o solo sobre o qual foram construídos<br />

os monumentos. A água utiliza<strong>da</strong> deve ser retira<strong>da</strong> por um sistema de<br />

drenagem adequado.<br />

• Na medi<strong>da</strong> do possível, os monumentos de pedra devem ser isolados dos<br />

solos salinos, a fim de impedir que os sais solúveis migrem do solo para a<br />

pedra. Esse isolamento pode ser efetuado com a introdução de uma folha<br />

de chumbo ou uma espessa cama<strong>da</strong> de betume sob a estátua, o muro ou a<br />

coluna a ser protegi<strong>da</strong>.<br />

• Quando o monumento contém sais solúveis que podem provocar<br />

eflorescência ou criptoflorescência, convém eliminar os sais lavando -os com

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