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Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

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724 <strong>Metodologia</strong> e pré -história <strong>da</strong> <strong>África</strong><br />

um povo muito parecido com o Cro -Magnon do Magreb (aproxima<strong>da</strong>mente<br />

-12.000 a -15.000).<br />

• O Arkiniense, no Egito, conhecido através de um único sítio perto de Uadi<br />

Halfa, é sobretudo uma indústria de lascas. Compreende raspadores distais,<br />

lamelas com dorso com retoques de Ouchtata, semicírculos, peças escama<strong>da</strong>s<br />

e pequenos pilões (aproxima<strong>da</strong>mente em -7400).<br />

• O El Kabiense, perto de El -Kab, foi identificado em três cama<strong>da</strong>s de ocupação<br />

sucessivas. Uma delas revelou o que parece ser uma paleta retangular, em<br />

osso polido (mais ou menos em -5000).<br />

• O Shamakiense, na região de Uadi HaIfa, tem núcleos multidirecionais e em<br />

sua última fase apresenta utensílios de forma geométrica associados a peças<br />

mais grosseiras. Seria um desenvolvimento lateral do Capsiense do Magreb<br />

(mais ou menos de -5000 a -3270).<br />

• O Silsiliense, estu<strong>da</strong>do por nós (e por outros depois de nós) no Egito, na<br />

região do Djebel Silsileh, perto de Kom Ombo, comporta três estágios.<br />

O Silsiliense I apresenta lamelas levemente retoca<strong>da</strong>s, às vezes provi<strong>da</strong>s<br />

de espiga, triângulos irregulares que ocasionalmente também têm espigas,<br />

microburis, uns poucos buris e raspadores, além de uma indústria de<br />

ossos. Os vestígios humanos parecem ser do tipo Cro -Magnon (cerca de<br />

-l3.000). O Silsiliense II 10 apresenta lâminas e lamelas longas com retoques<br />

descontínuos, às vezes com espigas, buris, raspadores e uma indústria<br />

de ossos (mais ou menos -12.000). O Silsiliense III; ain<strong>da</strong> em estudo,<br />

apresenta uma grande quanti<strong>da</strong>de de lamelas geralmente pouco retoca<strong>da</strong>s,<br />

pedras de fogão e uma cabana redon<strong>da</strong>, a mais antiga acha<strong>da</strong> até hoje no<br />

Egito.<br />

• O Fakuriense, estu<strong>da</strong>do na região de Esna, parece guar<strong>da</strong>r um certo<br />

parentesco com o Ibero -Maurusiense. Provavelmente ele existiu também<br />

em outros lugares do Egito (mais ou menos em -13.000). Essa indústria<br />

caracteriza -se por delica<strong>da</strong>s lamelas retoca<strong>da</strong>s, furadores e flechas<br />

pequenas.<br />

• O Sebiliense, que conserva a técnica de lascamento levalloisiense, caracteriza-<br />

-se por lascas de formas geométricas e com bases retoca<strong>da</strong>s. Indústria<br />

meridional no Egito, aparece principalmente em setores de Kom Ombo e<br />

10 Denominação <strong>da</strong><strong>da</strong> por P. Smith (1966) relembrando o deus Sebek, personificado por um crocodilo,<br />

divin<strong>da</strong>de associa<strong>da</strong> a essa região. Tendo feito escavações nesse sítio, nós sugerimos o termo Silsiliense II<br />

(de Djebel Silsileh, situado nessa área) como estando mais de acordo com a regra habitual de <strong>da</strong>r nomes<br />

às culturas baseando -se na toponímia.

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