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Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

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628 <strong>Metodologia</strong> e pré -história <strong>da</strong> <strong>África</strong><br />

Lupembiense (Clark, 1963, 18 -19; Moorsel, 1968, 221). As <strong>da</strong>tas estima<strong>da</strong>s<br />

para as amostras do nível Djokociense não diferem <strong>da</strong>s que foram calcula<strong>da</strong>s em<br />

outros lugares para indústrias análogas. Entre as <strong>da</strong>tas associa<strong>da</strong>s ao Ndoliense,<br />

uma delas corresponde às do Tshitoliense Tardio, obti<strong>da</strong>s anteriormente na<br />

planície de Kinshasa e na região de Lun<strong>da</strong>.<br />

De maneira geral, pode -se dizer que as indústrias encontra<strong>da</strong>s em<br />

estratigrafia em Lun<strong>da</strong>, em Gombe e na planície de Kinshasa são comparáveis<br />

tipologicamente e coincidem cronologicamente. O Sangoense -Lupembiense<br />

Inferior estaria situado entre 45.000 e 26.000 B.P., o Lupembiense Inferior iria<br />

de 10.000 a 7000 B.P., e o Tshitoliense Superior, de 6000 a 4000 ou 3500 B.P.<br />

(cf. quadro).<br />

Uma trincheira de prospecção escava<strong>da</strong> por P. de Maret na gruta de Dimba<br />

mostrou uma sucessão de quinze cama<strong>da</strong>s arqueológicas e uma <strong>da</strong>ta de 20.000 ±650<br />

B.P. para uma indústria do tipo Lupembiense Superior ou Lupembo -Tshitoliense.<br />

Parece que uma <strong>da</strong>ta aproxima<strong>da</strong> de 25.000 B.P. reduziria o hiato existente nas<br />

<strong>da</strong>tações entre 27.000 B.P. e 15.000 B.P. assinalado por D. Cahen (1977).<br />

A gruta de Hau, único sítio que talvez se encontrasse na floresta<br />

equatorial durante sua ocupação e onde F. van Noten descobriu uma indústria<br />

“Lupembiense” segui<strong>da</strong> de uma “Late Stone Age”, não produziu <strong>da</strong>tações de<br />

radiocarbono aceitáveis.<br />

J. P. Emphoux (1970) escavou em 1966 a gruta de Bitorri, lá encontrando<br />

vinte níveis de ocupação <strong>da</strong> I<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Pedra. Um dos níveis forneceu uma <strong>da</strong>ta<br />

por radiocarbono de 3930 ±200 B.P., e um outro, inferior, uma <strong>da</strong>ta de 4030<br />

±200 B.P. O material lítico, que não evoluiu de um nível a outro, pode ser<br />

considerado como formando uma uni<strong>da</strong>de tipo lógica, cuja indústria lembra o<br />

Tshitoliense Superior. O mesmo pesquisador <strong>da</strong>tou de 6600 ±130 B.P. um nível<br />

Tshitoliense Médio em Moussan<strong>da</strong> (Delibrias et al., 1974, p. 47).<br />

No Gabão, indústrias ditas lupembienses foram várias vezes assinala<strong>da</strong>s<br />

(Blankoff, 1965; Hadjigeorgiou, Pommeret, 1965; Farine, 1965).<br />

Caçadores ‑coletores especializados<br />

Em um <strong>da</strong>do momento, provavelmente entre 50.000 B.P. e 40.000 B.P.,<br />

surgem os micrólitos geométricos: segmentos de círculo, triângulos, retângulos<br />

e trapézios. Os mais característicos parecem ser os segmentos, ain<strong>da</strong> que na<br />

<strong>África</strong> do Sul tenham sido encontrados no final <strong>da</strong> Middle Stone Age, quando

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