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Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

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732 <strong>Metodologia</strong> e pré -história <strong>da</strong> <strong>África</strong><br />

são cobertos com uma folha de ouro ou de marfim. As cabeças <strong>da</strong>s maças<br />

são piriformes. A indústria do cobre, mais evoluí<strong>da</strong>, produz pontas, alfinetes<br />

e machados. As paletas, ca<strong>da</strong> vez mais estiliza<strong>da</strong>s, tornam -se finalmente<br />

arredon<strong>da</strong><strong>da</strong>s ou retangulares. As estatuetas de osso ou marfim também se<br />

estilizaram bastante. As práticas funerárias acusam um refinamento maior:<br />

as paredes <strong>da</strong>s covas ovais ou retangulares se revestem de madeira, lama ou<br />

tijolo. As recentes escavações realiza<strong>da</strong>s por nós em Adeimah (expedição do<br />

IFAO, 1974) revelaram túmulos de um tipo novo, em forma de banheira,<br />

<strong>da</strong>tando do final dessa civilização. Nesse período, a disposição <strong>da</strong>s oferen<strong>da</strong>s<br />

segue determinados padrões; às vezes, elas são coloca<strong>da</strong>s em anexos laterais.<br />

Encontram -se ain<strong>da</strong> corpos desmembrados, mas os túmulos múltiplos<br />

desaparecem. Além disso, a orientação dos mortos não é mais uniforme.<br />

As habitações consistem em cabanas redon<strong>da</strong>s ou semi -redon<strong>da</strong>s, feitas de<br />

argila, em abrigos frágeis e em estruturas de terra, retangulares, como as<br />

encontra<strong>da</strong>s em El -Amra (mais ou menos de -3500 a -3100).<br />

O grupo cultural do norte (Baixo Egito)<br />

O grupo cultural do norte diferencia -se sensivelmente do do sul, sobretudo<br />

devido à extensão <strong>da</strong>s regiões habita<strong>da</strong>s, à cerâmica monocrômica e ao costume<br />

passageiro de inumar os mortos em suas próprias casas.<br />

• O Faiumiense B 21 , ain<strong>da</strong> pouco conhecido, foi estu<strong>da</strong>do ao norte do lago<br />

Faium e pertenceria ao final do Paleolítico, ou melhor, ao Neolítico pré-<br />

-cerâmico. Ele compreende lamelas simples e microlíticas com dorso<br />

retocado, arpões de osso e pequenos pilões. As mais recentes pesquisas<br />

identificaram um estágio intermediário entre o Faiumiense B, mais antigo,<br />

e o Faiumiense A, mais próximo de nós. Esse estágio, que propomos chamar<br />

de Faiumiense C, apresenta goivas e pontas de flechas bifaciais peduncula<strong>da</strong>s<br />

pareci<strong>da</strong>s com as do deserto ocidental (oásis de Siwa, na Líbia) e constituiria<br />

um elo de ligação com o Saara, podendo ser <strong>da</strong>tado de aproxima<strong>da</strong>mente<br />

-6500 a -5190.<br />

• O Faiumiense A 22 , bem melhor estu<strong>da</strong>do em seus locais de habitação, apresenta<br />

um tipo grosseiro de cerâmica monocrômica – lisa ou poli<strong>da</strong> – vermelha,<br />

marrom ou preta, compreendendo tigelas, copos, xícaras, selhas retangulares<br />

e vasos com pé ou com bor<strong>da</strong>s guarneci<strong>da</strong>s de saliências arredon<strong>da</strong><strong>da</strong>s, como<br />

21 Ver Neolítico ‑Faium B, capítulo 28, p. 820.<br />

22 <strong>Pré</strong> -Dinástico Primitivo do capítulo 28, p. 821.

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