29.03.2013 Views

Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

650 <strong>Metodologia</strong> e pré -história <strong>da</strong> <strong>África</strong><br />

houve nem arte mobiliária, nem arte parietal, apesar <strong>da</strong>s informações<br />

em contrário no Marrocos. Por outro lado, sobreviveram até o Neolítico<br />

e chegaram a colonizar o arquipélago <strong>da</strong>s Canárias por volta do fim do<br />

terceiro milênio antes <strong>da</strong> Era Cristã. Há ain<strong>da</strong> muitas outras características<br />

próprias do Magreb, como as mutilações dentárias, os cemitérios em grutas<br />

ou sob abrigos (Afalou -bou -Rhummel, Argélia; Taforalt, Marrocos) e os<br />

monumentos funerários (Columnata).<br />

O “horizonte collignon” e as outras indústrias lamelares<br />

pré ‑capsienses<br />

Atualmente está provado em bases estratigráficas e geomorfológicas<br />

que as indústrias de lamelas <strong>da</strong> Tunísia <strong>Pré</strong> -Saariana (Gafsa, Lalla, região<br />

dos Chotts, etc.) são anteriores a to<strong>da</strong> a série capsiense. Em Gafsa (Sidi<br />

Mansour) o “horizonte Collignon” insere -se num aterro fluvial; o estágio final<br />

de sedimentação nos lagos é marcado por importantes formações gipsíferas.<br />

Inicia<strong>da</strong> uma nova sedimentação, ela é imediatamente interrompi<strong>da</strong> por<br />

um abaixamento de nível <strong>da</strong> bacia de Gafsa, que causa uma nova erosão.<br />

O Capsiense típico e evoluído ocupa a superfície dessa erosão, como<br />

o testemunham os outeiros. Ain<strong>da</strong> não se pode estabelecer nenhuma<br />

posição cronológica, a não ser que há um pouco de Musteriense na base<br />

<strong>da</strong> sedimentação. Estas indústrias lamelares só podem ser associa<strong>da</strong>s ao<br />

Iberomaurusiense na medi<strong>da</strong> em que diferem especificamente do Capsiense.<br />

A tipologia é diferente, exceto a proliferação <strong>da</strong> técnica <strong>da</strong> bor<strong>da</strong> de preensão<br />

retoca<strong>da</strong>. Sem dúvi<strong>da</strong>, sua origem deve ser pesq uisa<strong>da</strong> em direção ao leste<br />

(Cirenaica, Egito, Oriente Próximo). Outras indústrias epipaleolíticas<br />

originais podem ser situa<strong>da</strong>s no local, entre o Iberomaurusiense e fácies<br />

capsienses. O “Columnatiense” ao qual se associa a necrópole foi caracterizado<br />

no sétimo milênio por uma indústria extremamente microlítica. Outros sítios<br />

foram descobertos e o mais importante é o de Koudiat Kifêne Lah<strong>da</strong> (Ain<br />

M’Lila, Argélia oriental), onde a indústria anterior ao Capsiense remonta,<br />

igualmente, do sétimo milênio. O termo “elassolítico” foi proposto para<br />

designar este conjunto ultramicrolítico ligado a um gênero de vi<strong>da</strong> que não<br />

pode ser definido. Outras fácies foram assinala<strong>da</strong>s na Argélia ocidental,<br />

em particular o “Keremiense” e o “Kristeliense”. A lista ain<strong>da</strong> está longe de<br />

se concluir, pois, na ver<strong>da</strong>de, entre o Iberomaurusiense, em grande parte<br />

paleolítico, e o Capsiense, houve uma proliferação de indústrias comparável<br />

ao que ocorreu no Mesolítico europeu.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!