29.03.2013 Views

Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Pré</strong> -<strong>História</strong> <strong>da</strong> <strong>África</strong> Central<br />

O pluvial Gambliano<br />

O pluvial Gambliano assiste à reconstituição <strong>da</strong> floresta equatorial, enquanto<br />

os rios escavam os vales e depositam às aluviões dos terraços baixos, constituí<strong>da</strong>s<br />

de areias eólias acumula<strong>da</strong>s por ocasião do último período árido. No Zaire<br />

ocidental e no Kasai, o Sangoense evolui para uma nova indústria, menos<br />

maciça, o Lupembiense, também considera<strong>da</strong> uma cultura florestal. As regiões<br />

do sudeste vêem desenvolverem -se indústrias semelhantes às <strong>da</strong> <strong>África</strong> do Sul<br />

e do Quênia: indústrias de lascas e lâminas com fácies musteroides, conheci<strong>da</strong>s<br />

pelo nome de Middle Stone Age (Média I<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Pedra), mal situa<strong>da</strong>s tanto na<br />

sua estratigrafia, em geral inexistente, quanto na sua tipologia.<br />

O Makaliano e o Nakuriano, fases úmi<strong>da</strong>s pós ‑gamblianas<br />

Esses dois períodos são muito menos acentuados que os pluviais precedentes:<br />

entre eles intercala -se uma curta fase seca, não sendo o Nakuriano niti<strong>da</strong>mente<br />

conhecido na bacia do Zaire. No Makaliano os rios escavam ligeiramente seu leito,<br />

havendo, depois, nova colmatagem. O Lupembiense evolui no mesmo local: os<br />

utensílios tornam -se ca<strong>da</strong> vez menores, enquanto os trinchetes e pontas de flecha<br />

aparecem em muito maior número no Tshitoliense, civilização de caçadores. No<br />

Zaire oriental, no Shaba, e em Angola, desenvolvem -se inúmeras fácies incluí<strong>da</strong>s<br />

na Late Stone Age (Alta I<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Pedra), conjunto que, aliás, precisa ser seriamente<br />

reexaminado, pois compreende várias indústrias tão diferentes e discor<strong>da</strong>ntes que<br />

não se consegue situá -las cronologicamente com exatidão.<br />

Durante e após o período úmido Nakuriano, as indústrias neolíticas entre<br />

as quais, o Tshitoliense – invadem to<strong>da</strong> a <strong>África</strong> equatorial, onde parecem ter<br />

duração muito mais longa que em outros lugares. As civilizações do couro e do<br />

ferro só mais tarde penetrarão nessa região de difícil acesso, o que mostra mais<br />

uma vez a evolução local <strong>da</strong>s culturas pré -históricas.<br />

As indústrias pré ‑históricas <strong>da</strong> bacia do Zaire<br />

As indústrias pré ‑acheulenses<br />

Em to<strong>da</strong> a bacia do Zaire conhecem -se indústrias pré -históricas muito antigas,<br />

constituí<strong>da</strong>s de seixos partidos. Encontram -se em geral enterra<strong>da</strong>s sob velhos<br />

lateritos, como na bacia do Alto Kafila, no Zaire, e, na República Centro -Africana,<br />

nas formações lateríticas do planalto de Salo, no Alto Sanga. São encontra<strong>da</strong>s,<br />

ain<strong>da</strong>, nas aluviões profun<strong>da</strong>s dos leitos fósseis de rios dessa mesma região. Em<br />

597

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!