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Metodologia e Pré-História da África - unesdoc - Unesco

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Migrações e diferenciações étnicas e linguísticas<br />

C A P Í T U L O 1 1<br />

Migrações e diferenciações<br />

étnicas e linguísticas<br />

D. Olderogge<br />

Durante muito tempo, os historiadores acreditaram que os povos <strong>da</strong> <strong>África</strong><br />

não haviam desenvolvido uma história autônoma, no quadro de uma evolução<br />

que lhes fosse peculiar. Tudo o que representava uma aquisição cultural parecia<br />

ter sido levado até eles do exterior por vagas migratórias vin<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Ásia. Essas<br />

teses são encontra<strong>da</strong>s com frequência nos trabalhos de muitos pesquisadores<br />

europeus do século XIX. Elas serão sistematiza<strong>da</strong>s e cristaliza<strong>da</strong>s sob forma de<br />

doutrina por estudiosos alemães, etnógrafos e linguistas, nos primeiros decênios<br />

do século XIX. Nessa época, a Alemanha era o principal centro de estudos<br />

africanos. Após a partilha do continente africano entre potências imperialistas,<br />

começaram a aparecer em profusão na Inglaterra, França e Alemanha trabalhos<br />

que descreviam a vi<strong>da</strong> e os costumes dos povos colonizados. Foi sobretudo na<br />

Alemanha que se reconheceu a importância de um estudo científico <strong>da</strong>s línguas<br />

africanas. O ano de 1907 viu o estabelecimento, em Hamburgo, do Instituto<br />

Colonial, que depois se tornou um grande centro de pesquisa científica, onde<br />

foram elaborados os mais importantes trabalhos teóricos <strong>da</strong> escola alemã de<br />

estudos africanos. A Alemanha estava muito avança<strong>da</strong> nessa área, em relação<br />

às outras potências colonizadoras: na Inglaterra, o ensino de línguas africanas<br />

só se iniciou em 1917, na Escola de Estudos Orientais, enquanto, na França,<br />

nessa época, a Escola de Línguas Vivas Orientais não mantinha nenhum curso<br />

nessa área. Foi somente em 1947 que a Escola de Estudos Orientais de Londres<br />

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