02.08.2017 Views

_Manual de Direito Administrativo_(2017)_Jose dos Santos Carvalho Filho

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

21<br />

22<br />

23<br />

24<br />

25<br />

26<br />

27<br />

28<br />

29<br />

30<br />

31<br />

32<br />

33<br />

34<br />

35<br />

36<br />

37<br />

38<br />

39<br />

40<br />

41<br />

42<br />

43<br />

44<br />

45<br />

46<br />

47<br />

que agrada ao rei tem força <strong>de</strong> lei”).<br />

Não nos <strong>de</strong>teremos no histórico pátrio e estrangeiro da disciplina, e isso porque refoge ao âmbito <strong>de</strong> nosso estudo. Sobre o tema, vi<strong>de</strong><br />

OSWALDO ARANHA BANDEIRA DE MELLO, Princípios gerais <strong>de</strong> direito administrativo, Forense, 2. ed., 1979, v. I, e MARIA<br />

SYLVIA ZANELLA DI PIETRO, <strong>Direito</strong> administrativo, Atlas, 17. ed., 2004.<br />

Derecho administrativo, Bibl. Juríd. Aguilar, Madri, 1980, p. 40 (trad. 6. ed. francesa por Juan Rincon Jurado).<br />

Na França, apontam-se as obras <strong>de</strong> DUCROCQ, BATBIE e GIANQUINTO; na Itália, são cita<strong>dos</strong> RANELLETTI, ZANOBINI e<br />

MEUCCI (vi<strong>de</strong> cit., HELY LOPES MEIRELLES, <strong>Direito</strong> administrativo brasileiro, 29. ed., 2004, p. 38-39).<br />

Como consigna SAYAGUÉS LASO, alguns conceitos mais se distinguem pela forma do que <strong>de</strong> fundo (Tratado <strong>de</strong> <strong>de</strong>recho<br />

administrativo, Montevidéu, 1974, v. I, p. 21).<br />

MANUEL MARIA DIEZ, <strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>recho administrativo, Plus Ultra, Buenos Aires, 2. ed., 1980, t. I, p. 52.<br />

No mesmo sentido, ODETE MEDAUAR, <strong>Direito</strong> administrativo mo<strong>de</strong>rno, RT, 8. ed., 2004, p. 42.<br />

HELY LOPES MEIRELLES, ob. cit., p. 79; DIÓGENES GASPARINI, <strong>Direito</strong> administrativo, p. 30.<br />

CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO, Apontamentos sobre os agentes e órgãos públicos, p. 62-66.<br />

Ambos os dispositivos (arts. 48, XI, e 61, § 1º, II, “e”, da CF) referem-se a “Ministérios e órgãos da Administração Pública”, o que traduz<br />

nítida improprieda<strong>de</strong>, já que os Ministérios não <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> qualificar-se como gran<strong>de</strong>s órgãos da Administração. Da forma como<br />

foram redigi<strong>dos</strong>, po<strong>de</strong>m insinuar a falsa impressão <strong>de</strong> que se cuida <strong>de</strong> institutos diversos.<br />

CARLOS ARI SUNDFELD, Criação, estruturação e extinção <strong>de</strong> órgãos públicos – limites da lei ao <strong>de</strong>creto regulamentar, RDP nº 97, p.<br />

48, 1991.<br />

Em tal sentido, <strong>de</strong>cidiu o STF na ADI 3178-AP, Rel. Min. GILMAR MENDES, em 27.9.2006 (Informativo STF nº 442, set. 2006).<br />

Também na ADI 3.751-SP, Rel. Min. GILMAR MENDES, em 4.6.2007, foi <strong>de</strong>clarada inconstitucional lei estadual paulista, <strong>de</strong><br />

iniciativa parlamentar, que criava o CONSIP – Conselho das Instituições <strong>de</strong> Pesquisa (Informativo STF nº 470, jun. 2007).<br />

O § 4º do art. 134 da CF foi acrescentado pela EC 80/2014.<br />

Ob. e loc. cit.<br />

Resume CELSO ANTÔNIO a sua teoria: “Consi<strong>de</strong>rada a questão nestes termos, vê-se que a noção <strong>de</strong> ofício é suporte lógico da noção <strong>de</strong><br />

agente. Tem primazia racional sobre ela. Isto, contudo, não impe<strong>de</strong> que se tenha presente a seguinte realida<strong>de</strong>: há dois elementos, o<br />

feixe <strong>de</strong> atribuições e o agente, necessários à formação e expressão da vonta<strong>de</strong> do Estado, contudo, ambos não formam uma<br />

unida<strong>de</strong>” (ob. cit., p. 65).<br />

O STF não conheceu <strong>de</strong> ações propostas contra o CNMP – Conselho Nacional do Ministério Público (Pet 3.674, j. 4.10.2006) e contra o<br />

CNJ – Conselho Nacional <strong>de</strong> Justiça (ACO nº 1.660 e 1.704, j. 10.2.2011), indicando-se a União como parte legítima passiva para a<br />

li<strong>de</strong> e remetendo-se o processo à Justiça Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> primeiro grau. O art. 102, I, r, da CF, refere-se apenas a mandado <strong>de</strong> segurança,<br />

mandado <strong>de</strong> injunção, habeas data e habeas corpus (STF, AO 1.814, Min. MARCO AURÉLIO, em 24.9.2014).<br />

O STJ não reconheceu a capacida<strong>de</strong> processual <strong>de</strong> Câmara Municipal que litigava contra o INSS a respeito <strong>de</strong> contribuições<br />

previ<strong>de</strong>nciárias sobre subsídios <strong>de</strong> seus membros (REsp 1.109.840-AL, Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES, DJ 17.6.2009).<br />

Também: REsp 1.164.017-PI, Rel. Min. CASTRO MEIRA, em 24.3.2010 e REsp 1.429.322, Min. MAURO CAMPBELL<br />

MARQUES, j. em 20.2.2014.<br />

Nesse exato sentido, STJ, Súmula 525 (2015). Na doutrina: HELY LOPES MEIRELLES, Mandado <strong>de</strong> segurança, ação popular..., p. 5.<br />

TJ-RJ, MS 2008.004.00067, Rel. Des. MARCOS ALCINO DE AZEVEDO TORRES, publ. em 18.9.2008.<br />

STJ (REsp nº 241.637-BA, 1ª Turma, Rel. Min. GARCIA VIEIRA, julg. em 17.2.2000, em Jurisprudência STJ nº 47, <strong>de</strong> fev. 2000).<br />

É conhecida a classificação <strong>de</strong> HELY LOPES MEIRELLES (<strong>Direito</strong> administrativo brasileiro, p. 66-68) em órgãos in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes,<br />

autônomos, superiores e subalternos. Deixamos, porém, <strong>de</strong> adotá-la neste trabalho porque nos parecem imprecisos os critérios<br />

distintivos entre as categorias, venia concessa ao gran<strong>de</strong> administrativista.<br />

São exemplos elucidativos <strong>de</strong> órgãos colegia<strong>dos</strong> o Conselho Nacional <strong>de</strong> Justiça (art. 103-B da CF) e o Conselho Nacional do Ministério<br />

Público (art. 130-A da CF).<br />

Essas classificações variam segundo a visão do autor. Há quem apenas divida os órgãos, nesse aspecto, em singulares ou colegia<strong>dos</strong>,<br />

retratando o que <strong>de</strong>nominamos <strong>de</strong> órgãos <strong>de</strong> representação unitária ou <strong>de</strong> representação plúrima. V. HELY LOPES MEIRELLES<br />

(<strong>Direito</strong> administrativo, cit., p. 69-70).<br />

Dicionário <strong>de</strong> direito administrativo, p. 415. Por serem <strong>de</strong> aplicação ao <strong>Direito</strong> <strong>Administrativo</strong>, o autor consi<strong>de</strong>ra-os setoriais, para<br />

distingui-los <strong>dos</strong> gerais.<br />

Para mais aprofundada análise da matéria, consulte-se PAULO BONAVIDES (Curso <strong>de</strong> direito constitucional, Malheiros, 9. ed., 2000, p.<br />

256-265) e FÁBIO CORRÊA SOUZA DE OLIVEIRA (Por uma teoria <strong>dos</strong> princípios. O princípio constitucional da razoabilida<strong>de</strong>,<br />

Lumen Juris, 2002, p. 39-45).<br />

SAYAGUÉS LASO, Tratado <strong>de</strong> <strong>de</strong>recho administrativo, v. I, p. 383: “La administración <strong>de</strong>be actuar ajustán<strong>dos</strong>e estrictamente a las<br />

reglas <strong>de</strong> <strong>de</strong>recho. Si transgre<strong>de</strong> ditas reglas, la actividad administrativa se vuelve ilícita y eventualmente apareja responsabilidad.”<br />

CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO, RDP nº 90, p. 57-58.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!