31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Salmo 35 • 109<br />

quanto mais ele vê os perversos ansiosamente vigiando cada oportunida<strong>de</strong><br />

para a concretização <strong>de</strong> nossa ruína, mais ele incontinenti virá<br />

em nosso socorro. Isto Davi expressa através <strong>de</strong>stas várias formas <strong>de</strong><br />

expressão: Não fiques em silêncio, não fiques longe <strong>de</strong> mim, <strong>de</strong>sperta-te<br />

e move-te para o meu julgamento. Ele po<strong>de</strong> muito bem fazer uso<br />

<strong>de</strong> tais expressões, visto que já se sentia plenamente persuadido <strong>de</strong><br />

que Deus consi<strong>de</strong>ra o pobre e aflito e anota todos os males que lhes<br />

são feitos. Se, pois, elaborarmos nossos pedidos corretamente, uma<br />

clara convicção e persuasão da providência <strong>de</strong> Deus logo brilharão em<br />

nossos corações; tampouco é necessário que apenas isso preceda, em<br />

ponto <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m, todos os nossos <strong>de</strong>sejos; também <strong>de</strong>ve restringi-los<br />

e governá-los.<br />

[vv. 24-28]<br />

Julga-me, ó Jehovah meu Deus, segundo tua justiça; e não se regozijem<br />

sobre mim. Não digam em seu coração: Ah! nossa alma! 19 Não digam: Nós<br />

o tragamos. Envergonhem-se e confundam-se juntamente os que se regozijam<br />

com o meu mal; vistam-se <strong>de</strong> vexame e <strong>de</strong>sonra os que se magnificam<br />

contra mim. Gritem e alegrem-se os que favorecem minha causa justa, e<br />

digam continuamente: Jehovah seja magnificado, que ama a paz <strong>de</strong> seu<br />

servo. E minha língua <strong>de</strong>clarará tua justiça e teu louvor o dia todo.<br />

24. Julga-me, ó Jehovah meu Deus! Neste ponto Davi confirma a<br />

oração do versículo prece<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> que Deus seria seu <strong>de</strong>fensor e manteria<br />

sua causa justa. Havendo sido por algum tempo dominado pelo<br />

sofrimento como alguém que fora abandonado e esquecido, ele põe<br />

diante dos olhos a justiça <strong>de</strong> Deus, a qual impe<strong>de</strong> que ele abandonasse<br />

totalmente o íntegro e justo. Portanto, não é simplesmente uma oração,<br />

mas um solene apelo a Deus a que, como ele é justo, manifestasse<br />

sua justiça, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo seu servo numa boa causa. E, certamente,<br />

19 “C’est, nostre <strong>de</strong>sir: nous avons ce que <strong>de</strong>sirions: ou, nostre ame, assavoir s’esjouisse: comme<br />

on dit en nostre langue, Gran<strong>de</strong> chere.” – n.m.f. “Isto é, nosso <strong>de</strong>sejo: temos o que <strong>de</strong>sejamos;<br />

ou nossa alma, que equivale dize, está alegre; como dizemos em nossa linguagem: Gran<strong>de</strong> ânimo.”<br />

French e Skinner traduzem: “não digam em seus corações: Ah! nosso <strong>de</strong>sejo! e observa: “nosso<br />

<strong>de</strong>sejo” significa nosso <strong>de</strong>sejo está consumado.”

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!