31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

532 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

teria posto diante <strong>de</strong> seus olhos a maldição divina que havia acossado<br />

o governo <strong>de</strong> Saul, e os induz a abandonar suas obstinadas<br />

tentativas <strong>de</strong> manter os interesses <strong>de</strong> um trono que permanecia<br />

sob a reprovação divina.<br />

[vv. 4-8]<br />

Tu <strong>de</strong>ste um estandarte aos que te temem, para que ele seja exibido<br />

diante da verda<strong>de</strong>. Selah. Para que teus amados sejam livres, 8 salvos<br />

com tua <strong>de</strong>stra e me ouçam. Deus falou em sua santida<strong>de</strong>; alegrar-me-<br />

-ei, dividirei Siquém e medirei o vale <strong>de</strong> Sucote. Gilea<strong>de</strong> é meu, e meu é<br />

Manassés; Efraim é também a força <strong>de</strong> minha cabeça; Judá é meu legislador.<br />

9 Moabe é minha bacia <strong>de</strong> lavar; sobre Edom lançarei meu sapato;<br />

ó Palestina, és meu triunfo.<br />

4. Tu <strong>de</strong>ste um estandarte aos que tem temem. Alguns<br />

intérpretes mudariam o pretérito, e leriam as palavras como se formassem<br />

uma continuação das orações que prece<strong>de</strong>m – Oh! tu que<br />

darias um estandarte aos que te temem! 10 Mas é preferível presumir<br />

que Davi passa para a linguagem <strong>de</strong> congratulação e, aponta para<br />

a mudança que teve lugar, chama a atenção para as evi<strong>de</strong>ntes manifestações<br />

do favor divino. Ele volta a agra<strong>de</strong>cer a Deus, no nome<br />

<strong>de</strong> todo o povo, por haver hasteado um estandarte que imediatamente<br />

alegrasse seus corações e unisse seus membros divididos. 11<br />

8 “Ou, que tes bien-aimez soyent <strong>de</strong>livrez.” – n.m.f. “Ou, que teus amados sejam libertados.”<br />

9 “Ou, gouverneur.” – n.m.f. “Ou, governador.”<br />

10 Boothroyd oferece uma tradução similar a este texto, e crê que isso é requerido pela conexão.<br />

11 Harmer formulou uma explicação muito engenhosa para esta passagem, extraída dos costumes<br />

orientais. Diz ele: “Parece que o mo<strong>de</strong>rno povo oriental tem procurado prover-se <strong>de</strong> um<br />

estandarte como um penhor mais seguro <strong>de</strong> proteção ‘do que o dado pelas palavras’. Por isso nos<br />

diz Albertus Aquensis que, quando Jerusalém foi tomada em 1099, cerca <strong>de</strong> trezentos sarracenos,<br />

se abrigaram no telhado <strong>de</strong> um edifício muito imponente e humil<strong>de</strong>mente suplicaram por clemência,<br />

mas não pu<strong>de</strong>ram ser induzidos por qualquer promessa <strong>de</strong> segurança para <strong>de</strong>scerem até que<br />

tivessem recebido o estandarte <strong>de</strong> Tancredo Hauteville (um dos lí<strong>de</strong>res do exército da Cruzada)<br />

como um penhor <strong>de</strong> vida. Na verda<strong>de</strong> nada lhes aproveitou, como observa esse historiador; pois<br />

seu comportamento ocasionou uma indignação tal que foram <strong>de</strong>struídos como um só homem. O<br />

evento <strong>de</strong>monstrou a fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses zelotes, a quem nenhuma solenida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>ria obrigar; mas<br />

os sarracenos, ren<strong>de</strong>ndo-se em troca <strong>de</strong> um estandarte, prova em que po<strong>de</strong>rosa luz consi<strong>de</strong>ravam<br />

entregar-lhes um estandarte; visto que eram induzidos a confiar nela quando não confiavam em<br />

qualquer promessa. Talvez a liberação <strong>de</strong> um estandarte antigamente fosse consi<strong>de</strong>rada, <strong>de</strong> igual

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!