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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 45 • 309<br />

<strong>de</strong>scrito como estando à direita do rei. Com toda certeza, não era<br />

lícita a Salomão casar-se com uma mulher estrangeira; mas isto por<br />

si mesmo <strong>de</strong>ve ser contado entre os dons <strong>de</strong> Deus, ou seja, que um<br />

rei tão po<strong>de</strong>roso como era o do Egito, buscou sua aliança. Ao mesmo<br />

tempo, por uma <strong>de</strong>terminação da lei, requeria-se que os ju<strong>de</strong>us,<br />

antes <strong>de</strong> contrair relações matrimoniais, procurassem instruir suas<br />

esposas na pureza do culto divino e emancipá-las da superstição.<br />

No presente caso, em que a esposa <strong>de</strong>scendia <strong>de</strong> uma nação pagã, e<br />

que, mediante seu atual matrimônio, foi incluída no corpo da Igreja,<br />

o profeta, a fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>sviá-la <strong>de</strong> sua má educação, a exorta a esquecer<br />

seu próprio país e a casa <strong>de</strong> seu pai, bem como a assumir<br />

um novo caráter e outros costumes. Se ela não fizesse isso, havia<br />

razão para temer, não só que continuaria a observar privativamente<br />

os métodos supersticiosos e falsos <strong>de</strong> adorar a Deus aos quais<br />

fora habituada, mas também, mediante seu exemplo público, ela se<br />

<strong>de</strong>sviaria muito numa trajetória semelhantemente má; e realmente<br />

isso <strong>de</strong> fato ocorreu logo <strong>de</strong>pois. Tal é a razão da exortação que o<br />

profeta aqui lhe ministra, na qual, a fim <strong>de</strong> tornar seu discursa ainda<br />

mais grave, se lhe dirige pela <strong>de</strong>signação, filha, termo este que teria<br />

sido ina<strong>de</strong>quado para algum homem em particular usar. Para mais<br />

claramente mostrar o quanto convinha à recém-casada tornar-se<br />

totalmente uma nova mulher, ele emprega vários termos para com<br />

isso chamar sua atenção: Ouve, consi<strong>de</strong>ra e inclina teu ouvido. É certamente<br />

um caso no qual muita veemência e urgente persuasão se<br />

fazem necessárias, quando se preten<strong>de</strong> levar-nos a uma completa<br />

renúncia daquelas coisas nas quais nos <strong>de</strong>leitamos, quer por natureza<br />

quer por costume. Ele, pois, mostra que não há razão por<br />

que a filha <strong>de</strong> Faraó <strong>de</strong>va sentir pesar em abandonar a seu pai, sua<br />

parentela e a terra do Egito, visto que ela receberia uma gloriosa<br />

recompensa, a qual <strong>de</strong>veria suavizar a tristeza que ela experimentaria<br />

ao separar-se <strong>de</strong>les. A fim <strong>de</strong> conciliar seu pensamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar<br />

seu próprio país, ele a anima ante a consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> que ela se acha<br />

casada com um rei muitíssimo ilustre.

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