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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 46 • 323<br />

fesa condição, enquanto a mão divina estiver estendida para nos<br />

salvar. E assim, embora o auxílio divino venha em nosso socorro <strong>de</strong><br />

uma forma secreta e tênue, como o fluir <strong>de</strong> serenos ribeiros, todavia<br />

ele nos comunica mais tranqüilida<strong>de</strong> mental do que se todo o po<strong>de</strong>r<br />

do mundo fosse cumulado para nosso auxílio.<br />

Ao falar <strong>de</strong> Jerusalém como o santuário dos tabernáculos do<br />

Altíssimo, o profeta faz uma bela alusão às circunstâncias ou condição<br />

daquele tempo; pois embora Deus exercesse autorida<strong>de</strong> sobre todas<br />

as tribos do povo, contudo <strong>de</strong>cidiu escolher aquela cida<strong>de</strong> como a<br />

se<strong>de</strong> da realeza, don<strong>de</strong> pu<strong>de</strong>sse governar toda a nação <strong>de</strong> Israel. Os<br />

tabernáculos do Altíssimo se espalharam por toda a Judéia, mas ainda<br />

se fazia necessário que fossem reunidos e unidos em um só santuário,<br />

para que estivessem sob o domínio <strong>de</strong> Deus.<br />

5. Deus está no meio <strong>de</strong>la; não se abalará. O salmista então mostra<br />

que a gran<strong>de</strong> segurança da Igreja consiste nisto: que Deus habita<br />

no meio <strong>de</strong>la; pois o verbo que traduzimos, não se abalará, é do gênero<br />

feminino, tampouco po<strong>de</strong> ser traduzido em relação a Deus, como se<br />

<strong>de</strong>stinasse a ensinar que Deus é inamovível. A frase <strong>de</strong>ve ser explicada<br />

da seguinte forma: A santa cida<strong>de</strong> não se moverá nem se abalará, visto<br />

que Deus habita ali e está sempre pronto a ajudá-la. A expressão,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o romper da manhã, 4 <strong>de</strong>nota o dia, tão logo o sol nasça sobre a<br />

terra. A suma <strong>de</strong> tudo é: Se <strong>de</strong>sejarmos ser protegidos pela mão divina,<br />

então <strong>de</strong>vemos preocupar-nos acima <strong>de</strong> tudo que Deus habite em<br />

nosso meio; pois toda esperança <strong>de</strong> segurança <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> unicamente<br />

<strong>de</strong> sua presença. E ele habita entre nós com nenhum outro propósito<br />

senão para preservar-nos <strong>de</strong> sermos injuriados. Além do mais, embora<br />

Deus nem sempre surja imediatamente em nosso socorro, segundo<br />

a pressa <strong>de</strong> nossos <strong>de</strong>sejos, todavia ele sempre virá a nós no tempo<br />

4 “No <strong>de</strong>spontar da manhã; isto é, como o grego o explica, ‘muito cedo’; quando a manhã <strong>de</strong>sponta<br />

ou mostra a cara”. – Ainsworth. “Tão logo a manhã apareça [ou mostre] sua cara; isto é, Deus<br />

virá muito cedo para socorrê-la, antes mesmo que algum inimigo se <strong>de</strong>sperte para fazer-lhe mal.”<br />

– Mudge. “Antes do raiar da manhã; isto é, com a máxima prontidão e alacrida<strong>de</strong>. A expressão é tomado<br />

por empréstimo da conduta <strong>de</strong> uma pessoa que, em sua ansieda<strong>de</strong> por ver concretizado um<br />

objetivo favorito, age mais cedo que as pessoas costumam fazer (Jr 7.13, 25).” – French e Skinner.

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