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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 68 • 637<br />

obscurida<strong>de</strong> nem ambigüida<strong>de</strong> alguma. Havendo Davi afirmado que só<br />

havia uma montanha, em todo o mundo, que Deus escolhera, ele convoca<br />

as mais altas montanhas a ren<strong>de</strong>r-lhe preeminência. Ao repetir<br />

no plural o que dissera imediatamente antes <strong>de</strong> Basã, isso me leva a<br />

crer que pretendia primeiramente contrapor aquela montanha, e então<br />

todas as <strong>de</strong>mais montanhas geralmente altas, a Sião. 28 Montanhas,<br />

aqui, <strong>de</strong>vem ser entendidas em sentido figurado, e a gran<strong>de</strong> verda<strong>de</strong><br />

comunicada é que o reino <strong>de</strong> Cristo, o qual Deus começou a prefigurar<br />

na pessoa <strong>de</strong> Davi, é mais excelso que tudo quanto se po<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar<br />

glorioso pelo mundo. A reprovação que o salmista administra, a fim<br />

<strong>de</strong> humilhar a soberba vanglória do mundo, é justificada por aquele<br />

<strong>de</strong>sdém que bem sabemos certas pessoas carnais e ímpias nutrem<br />

pelo reino <strong>de</strong> Cristo, <strong>de</strong>votadas como são a seus próprios prazeres<br />

ou riquezas e incapazes <strong>de</strong> apreciar as bênçãos espirituais. A lição<br />

será mais útil e necessariamente sentida se consi<strong>de</strong>rarmos que essa<br />

vã soberba do homem assumirá uma adicional importância quando se<br />

oferece a mais leve ocasião para seu exercício. Ao vermos tais pessoas<br />

agindo assim sem qualquer base para isso, não carece que nos sintamos<br />

surpresos ante a arrogância assumida por aqueles que se <strong>de</strong>ixam<br />

possuir pela riqueza e influência. O povo do Senhor, porém, po<strong>de</strong> dar-<br />

-se ao luxo em <strong>de</strong>ixá-los a seu bel-prazer, repousando satisfeitos com o<br />

privilégio <strong>de</strong> saberem que Deus <strong>de</strong>cidiu estabelecer sua habitação no<br />

meio <strong>de</strong>les. Não temos razão <strong>de</strong> lamentar por sua sorte enquanto estiverem<br />

em união com Deus, única e suficiente fonte <strong>de</strong> sua felicida<strong>de</strong>.<br />

28 “O salmista”, diz Horsley, “havendo estabelecido os israelitas entre seus montes, avança<br />

para a circunstância <strong>de</strong> Deus haver escolhido um monte para estabelecer seu templo. Poeticamente,<br />

ele imagina os diferentes montes como sendo todos eles ambiciosos <strong>de</strong> honra, ansiosamente<br />

aguardando a <strong>de</strong>cisão divina e prontos a entrar em ciumenta contenda; aguardando uns aos outros<br />

com olhos ansiosos. A montanha altaneira <strong>de</strong> Basã primeiramente apresenta sua reivindicação,<br />

pleiteando sua elevada dignida<strong>de</strong>:<br />

O monte <strong>de</strong> Deus é o monte <strong>de</strong> Basã;<br />

Monte <strong>de</strong> elevados corcovados é o monte <strong>de</strong> Basã.<br />

O salmista interrompe a contenda:<br />

Por que conten<strong>de</strong>is, ó montes <strong>de</strong> elevados corcovados?<br />

Este é o monte que Deus quis para ser sua habitação;<br />

Sim, Jeohvah habitará nele para sempre.”

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