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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 47 • 331<br />

gem só é aplicável ao reino <strong>de</strong> Cristo, o qual se <strong>de</strong>nomina, altíssimo<br />

e terrível Rei [v. 2]; não que ele faça os miseráveis seres sobre quem<br />

ele reina tremerem ante a tirania e violência <strong>de</strong> sua autorida<strong>de</strong>, mas<br />

porque sua majesta<strong>de</strong>, a qual antes havia sido tida em <strong>de</strong>sprezo, será<br />

suficiente para aplicar a rebelião do mundo inteiro. É mister que se<br />

observe que o propósito do Espírito Santo é aqui ensinar que, como os<br />

ju<strong>de</strong>us haviam sido <strong>de</strong>s<strong>de</strong> muito injuriosamente tratados, oprimidos<br />

<strong>de</strong> modo injusto e afligido <strong>de</strong> tempo em tempo com variadas calamida<strong>de</strong>s,<br />

a bonda<strong>de</strong> e liberalida<strong>de</strong> divinas para com eles eram agora<br />

muito mais excelentes, quando o reino <strong>de</strong> Davi se sujeitara às nações<br />

circunvizinhas e alcançara um elevado peso <strong>de</strong> glória. Po<strong>de</strong>mos, contudo,<br />

facilmente <strong>de</strong>duzir da conexão das palavras a verda<strong>de</strong> do que já<br />

sugeri, ou seja, que quando Deus é <strong>de</strong>nominado, um terrível e gran<strong>de</strong><br />

Rei sobre toda a terra, esta profecia se aplica ao reino <strong>de</strong> Cristo. Não<br />

há, portanto, dúvida alguma <strong>de</strong> que a graça <strong>de</strong> Deus foi celebrada por<br />

estes títulos com o fim <strong>de</strong> fortalecer os corações dos santos durante o<br />

período que se interpunha ainda o advento <strong>de</strong> Cristo, no qual não só o<br />

triunfante estado do povo <strong>de</strong> Israel se havia <strong>de</strong>caído, mas que também<br />

o povo, sendo oprimido com as mais amargas infâmias, não tinham<br />

como experienciar o favor divino e nenhuma consolação advinda <strong>de</strong>le,<br />

a não ser que confiasse unicamente nas promessas <strong>de</strong> Deus. Sabemos<br />

que houve uma longa interrupção do esplendor do reino do antigo<br />

povo <strong>de</strong> Deus, a qual continuou da morte <strong>de</strong> Salomão à vinda <strong>de</strong> Cristo.<br />

Este intervalo formou, por assim dizer, um abismo ou brecha, o que<br />

teria engolfado a mente dos santos, não tivessem eles suportado e não<br />

fossem mantidos pela Palavra <strong>de</strong> Deus. Visto, pois, que Deus exibira<br />

na pessoa <strong>de</strong> Davi um tipo do reino <strong>de</strong> Cristo, o qual é aqui enaltecido,<br />

ainda que haja seguido um brevemente <strong>de</strong>pois uma triste e vergonhosa<br />

diminuição da glória do reino <strong>de</strong> Davi, vindo em seguida as mais<br />

<strong>de</strong>primentes calamida<strong>de</strong>s e, finalmente, o cativeiro e a mais miserável<br />

dispersão, o que pouca diferença fazia <strong>de</strong> uma total <strong>de</strong>struição, o Espírito<br />

Santo exortou os fiéis a continuarem a bater palmas com júbilo,<br />

até que o advento do Re<strong>de</strong>ntor se concretizasse.

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