31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Salmo 52 • 443<br />

se convencesse mais eficientemente que Deus era capaz <strong>de</strong> vencer<br />

tal adversário com todo seu blazonado po<strong>de</strong>r e autorida<strong>de</strong>. 4 Ao<br />

acrescentar que Deus o <strong>de</strong>sarraigaria <strong>de</strong> sua habitação ou tenda, 5<br />

e da terra dos viventes, ele insinua que o perverso será <strong>de</strong>struído<br />

por Deus, por mais seguro pareça repousar no leito <strong>de</strong> alguma confortável<br />

mansão e não vã esperança <strong>de</strong> viver na terra para sempre.<br />

Possivelmente estaria aludindo, ao mencionar uma tenda, à profissão<br />

<strong>de</strong> Doegue, como os pastores têm sua morada em tendas.<br />

6. Os justos também verão e temerão. 6 Ele aqui aduz, como<br />

outra razão por que se podia esperar a ruína <strong>de</strong> Doegue, que um<br />

importante fim se obteria <strong>de</strong>la, no sentido <strong>de</strong> que po<strong>de</strong>ria promover<br />

a religião no coração do povo do Senhor e oferecer-lhes uma nova<br />

exibição da justiça divina. Aconteceria que ela seria testemunhada<br />

tanto pelos ímpios quanto pelos justos; mas há duas razões por<br />

que o salmista a representa como sendo vista especialmente pelos<br />

últimos. Os ímpios são incapazes <strong>de</strong> tirar proveito dos juízos<br />

divinos, sendo cegos ante as mais claras manifestações que ele faz<br />

<strong>de</strong> si mesmo em suas obras, e portanto somente os justos po<strong>de</strong>riam<br />

vê-la. Além disso, o gran<strong>de</strong> fim que Deus tem em vista, quando<br />

4 “Maravilhosa”, diz o bispo Horne, “é a força dos verbos no original, os quais nos comunicam<br />

quatro idéias <strong>de</strong> ‘jazer prostrado’, ‘dissolver-se pelo fogo’, remover com uma vassoura’ e ‘extirpar<br />

totalmente a raiz e o galho’, como uma árvore erradicada do local em que cresceu.” O segundo<br />

verbo, ‏,יחתך yachtecha, explica Bythner, “te arrebatarei, como alguém tira o fogo <strong>de</strong> uma lareira. De<br />

outro.” chatheh, ele removeu os carvões acesos ou o fogo <strong>de</strong> um lugar para ‏,חתה<br />

5 Há outra interpretação <strong>de</strong>sta expressão que po<strong>de</strong> aqui ser apresentada. Tem-se imaginado<br />

que a alusão é ao tabernáculo <strong>de</strong> Deus. ‏,מאהל“‏ meohel”, diz Hammond, “é literalmente ‘da<br />

tabernáculo’, não ‘<strong>de</strong> tua habitação’; e é assim que a Septuaginta o traduz: ‘Απὸ σκηνώματος’, ‘do<br />

tabernáculo’; e ainda que as versões Latina, Siríaca e Arábica acrescentem tuo, tua, contudo nem<br />

o hebraico o suportará nem a Caldaica o reconhecerá, que o traduz à guisa <strong>de</strong> paráfrase: ‘Ele te<br />

fará partir da habitação no lugar do Schechina, ou tabernáculo, lugar da presença <strong>de</strong> Deus.’” Hammond<br />

presume que a expressão <strong>de</strong>ve ser entendida “da censura <strong>de</strong> excomunhão que no último<br />

e mais elevado grau era Shammatha, entregando o criminoso na mão do céu para ser eliminado,<br />

ele e sua posterida<strong>de</strong>.” “Doegue”, diz o arcebispo Secker, “não tinha ofício no tabernáculo; mas<br />

através <strong>de</strong> sua história parece que o freqüentava, o que o fazia parecer um bom homem. E parece<br />

haver certa oposição em ser ele arrancado do lugar da habitação <strong>de</strong> Deus e continuar Davi na casa<br />

<strong>de</strong> Deus, no versículo oitavo.”<br />

6 French e Skinner traduzem: “Os justos o verão e sentirão reverência – sentir reverência, isto é,<br />

ante o castigo do ímpio, encontra adicional razão para reverenciar a Deus e observar suas justas leis.”

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!