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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 49 • 377<br />

no idioma hebreu. Presentemente, resi<strong>de</strong>m em mansões esplêndidas,<br />

on<strong>de</strong> repousam em aparente segurança, mas são lembrados <strong>de</strong> que<br />

logo terão <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixá-las e que serão recebidos no túmulo. Po<strong>de</strong> haver<br />

uma velada alusão às suas viagens a lugares públicos com formosura<br />

e pompa. O salmista notifica que estas dariam lugar a melancólica procissão<br />

pela seriam baixados à sepultura.<br />

15. Deus, porém, redimirá minha alma. A partícula hebraica,<br />

ach, po<strong>de</strong> também ser traduzida, seguramente ou certamente. O ‏,אך<br />

salmista fizera uma afirmação geral com referência á gran<strong>de</strong> verda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> que os justos terão domínio <strong>de</strong> manhã, e agora a aplica a si mesmo<br />

para a confirmação <strong>de</strong> sua própria fé. Este versículo po<strong>de</strong>, portanto,<br />

ser consi<strong>de</strong>rado como uma espécie <strong>de</strong> apêndice ao anterior; nele o<br />

salmista faz uma aplicação pessoal do que dissera acerca <strong>de</strong> todos os<br />

justos. Pela expressão, a mão, <strong>de</strong>ve-se enten<strong>de</strong>r o domínio e po<strong>de</strong>r, e<br />

não o afago da sepultura, como muitos o têm traduzido. O profeta não<br />

nega sua sujeição à morte, senão que olha para Deus como aquele que<br />

o <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ria e o redimiria <strong>de</strong>la. Temos aqui uma convincente prova daquela<br />

fé na qual os santos sob [o regime <strong>de</strong>] a lei viviam e morriam. É<br />

evi<strong>de</strong>nte que sua vista se dirigia a outra vida muito mais elevada, para<br />

a qual a presente [vida] não passava <strong>de</strong> fase preparatória. Houvera o<br />

profeta meramente pretendido notificar que esperava livramento <strong>de</strong><br />

alguma emergência ordinária, tal não iria além do que freqüentemente<br />

se faz entre os filhos do mundo, a quem Deus amiú<strong>de</strong> livra <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />

perigos. Aqui, porém, se faz evi<strong>de</strong>nte que ele esperava por aquela vida<br />

que está além da sepultura, para a qual ele estendia sua visão para<br />

além da esfera terrestre, antecipando aquela aurora que introduzirá<br />

a eternida<strong>de</strong>. À luz <strong>de</strong>ste fato po<strong>de</strong>mos concluir que as promessas da<br />

lei eram <strong>de</strong> caráter espiritual, e que nossos pais as abraçaram <strong>de</strong> bom<br />

grado para confessar que eram peregrinos sobre a terra e que buscavam<br />

uma herança celestial. Evi<strong>de</strong>nciava-se grosseira estupi<strong>de</strong>z quando<br />

os saduceus, educados como eram sob a lei, concebiam a alma como<br />

sendo mortal. Homem realmente cego é aquele que não consegue<br />

ver nesta passagem menção alguma <strong>de</strong> uma vida futura. A que outra

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