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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 68 • 649<br />

eram <strong>de</strong> uma maneira particular amigas e ligadas a ele. Outros acreditam<br />

que toda a nação é representada sob as tribos específicas, as quais ficavam<br />

algumas mais próximas e outras mais distantes. 45 Tais conjeturas 46<br />

são bastante prováveis, mas a questão é do tipo que po<strong>de</strong>ria ser <strong>de</strong>ixado<br />

na dúvida, uma vez que po<strong>de</strong> ter havido alguma outra razão que se torna<br />

impossível <strong>de</strong>scobrirmos. Tem-se sugerido que Benjamim é chamado<br />

pequeno em razão da exigüida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu número, havendo sido a tribo<br />

quase <strong>de</strong> todo exterminada pelo crime dos homens <strong>de</strong> Gibeá [Jz 19.20];<br />

Davi, porém, provavelmente não chamou a atenção para algum reproche<br />

<strong>de</strong>sse gênero, chamando-os a tomar parte tão proeminente nos louvores<br />

<strong>de</strong> Deus. 47 Os escritores inspirados, ao falarem das tribos, às vezes<br />

alu<strong>de</strong>m aos patriarcas <strong>de</strong> quem recebiam respectivamente sua origem;<br />

tampouco causa surpresa que a posterida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Benjamim, que era o mais<br />

jovem dos filhos <strong>de</strong> Jacó, 48 receberia a <strong>de</strong>signação que aqui se lhe dá; e a<br />

verda<strong>de</strong> é que, mesmo antes do pesado golpe que recaiu sobre eles, não<br />

eram numerosos. Os intérpretes, por consenso geral, têm consi<strong>de</strong>rado o<br />

fato <strong>de</strong> Benjamim ser chamado dominador, como Saul que foi o primeiro<br />

rei, o qual pertencia a essa tribo; mas não consigo imaginar ser provável<br />

45 “Por que essas tribos em particular? Po<strong>de</strong>ria ser Judá (havendo, em vez <strong>de</strong> Rúben, conseguido a<br />

bênção que comunicava o privilégio <strong>de</strong> ter em sua linhagem o Principal Chefe e Messias) e Benjamim<br />

(ryux) o mais jovem? Ou Judá e Benjamim, como duas das tribos mais ao sul e mais próximas <strong>de</strong> Jerusalém;<br />

e Zebulom e Naftali, como duas tribos que ficavam mais ao norte e mais distantes? Como outra<br />

forma <strong>de</strong> expressar, ‘<strong>de</strong>s<strong>de</strong> Dã a Berseba’, com o fim <strong>de</strong> incluir todas.” – Dr. Lowth.<br />

46 Dentre outras conjeturas, as seguintes são um exemplo: “Quanto a Zebulom e Naftali, por<br />

que seus nomes são adicionados mais que quaisquer outras tribos, a razão po<strong>de</strong>ria, talvez, ser<br />

extraída do que encontramos profetizado acerca <strong>de</strong> ambas (Gn 49; Dt 33; e Jz 5) por Jacó, Moisés<br />

e Débora, que excelência e conhecimento seriam mais eminentes nessas duas tribos. De Naftali, se<br />

diz (Gn 49.21): ‘Naftali é uma gazela solta; ele dá palavras formosas’; e <strong>de</strong> Zebulom (Jz 5.14): ‘e <strong>de</strong><br />

Zebulom os que levaram a cana do escriba’. – Hammond. “Então se especificam as tribos <strong>de</strong> Judá,<br />

Zebulom e Naftali, não como se fossem as únicas tribos presentes, mas como a ocupar, talvez, as<br />

fileiras mais nobres na procissão, e seguidas por todas as <strong>de</strong>mais tribos.” – Walford<br />

47 “Car David appelant yci ceux qui <strong>de</strong>voyent faire le plus grand <strong>de</strong>voir et estre les premiers<br />

à annoncer les louanges <strong>de</strong> Dieu, n’eus pas fait mention <strong>de</strong> ceste acte qui estoit ignominieux, et<br />

tendoit gran<strong>de</strong>ment à leur <strong>de</strong>shonneur.” – v.f.<br />

48 A Septuaginta traz: “Ali está Benjamim, o mais jovem.” Ele era o filho da velhice <strong>de</strong> Jacó; e<br />

a esse fato há uma alusão no nome, o qual se compõe <strong>de</strong> /b, ben, um filho, e /y

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