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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 68 • 651<br />

Teu Deus or<strong>de</strong>nou tua força; fortalece, ó Deus, o que já fizeste em nós.<br />

Des<strong>de</strong> teu templo em Jerusalém, os reis te trarão presentes. Destrói a companhia<br />

dos lanceiros [literalmente, dos juncais], a multidão <strong>de</strong> touros com<br />

os novilhos dos povos, pisando com seus pés em peças <strong>de</strong> prata; dispersa<br />

os povos que se <strong>de</strong>leitam na guerra.<br />

28. Teu Deus or<strong>de</strong>nou tua força. Os homens se dispõem sempre<br />

a arrogar para si a glória do que porventura tenham feito em vez <strong>de</strong><br />

atribuir a Deus seu sucesso; e Davi lembra ao povo uma vez mais que<br />

não haviam triunfado em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua própria força, mas em virtu<strong>de</strong><br />

do po<strong>de</strong>r do alto a eles comunicado. Se porventura houveram se<br />

portado com bravura no campo, ele teria consi<strong>de</strong>rado que fora Deus<br />

quem os inspirara com tal coragem, e os resguardaria contra a soberba<br />

que ignora e <strong>de</strong>spreza a divina benevolência. Usando <strong>de</strong> uma<br />

reflexão que os faria inclinar-se mais com humilda<strong>de</strong> mental, ele chama<br />

sua atenção para a <strong>de</strong>pendência na qual po<strong>de</strong>riam ficar firmes no<br />

futuro, recebendo em continuação o mesmo favor e proteção; sendo a<br />

gran<strong>de</strong> causa da confiança presunçosa o fato <strong>de</strong> não sentirmos nosso<br />

próprio <strong>de</strong>samparo, e não nos <strong>de</strong>ixarmos levar pelo senso <strong>de</strong>le para<br />

recorrermos humil<strong>de</strong>mente a Deus em busca da satisfação <strong>de</strong> nossas<br />

necessida<strong>de</strong>s. Outra lição que a passagem nos ensina consiste nisto: o<br />

que mais se requer além <strong>de</strong> Deus nos visitar inicialmente com sua graça<br />

preventiva, é que permaneçamos constantemente necessitados <strong>de</strong><br />

sua assistência ao longo <strong>de</strong> toda nossa vida. Se isso proce<strong>de</strong> quanto ao<br />

bem-estar literal, on<strong>de</strong> nosso conflito é com a carne e o sangue, então<br />

é mais proce<strong>de</strong>nte no que concerne às questões da alma. É impossível<br />

que suportemos um momento sequer na luta contra inimigos, tais<br />

como Satanás, o pecado e o mundo, se não recebemos <strong>de</strong> Deus a graça<br />

que garante nossa perseverança.<br />

O que se diz do templo, no versículo seguinte, tem o propósito <strong>de</strong><br />

efetuar a mesma força <strong>de</strong> sentimento que já foi expresso. Apresenta<br />

a razão por que Deus usou seu po<strong>de</strong>r mais em favor dos israelitas do<br />

que em favor <strong>de</strong> outros; o que se <strong>de</strong>u para que o mesmo se exibisse<br />

no ingresso da arca do concerto no santuário. Daí a ênfase que Davi

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