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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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294 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

uma vez mais <strong>de</strong>plora a serieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas calamida<strong>de</strong>s, e a fim<br />

<strong>de</strong> que Deus se disponha mais a socorrê-los, lhe <strong>de</strong>clara que são<br />

afligidos <strong>de</strong> uma forma incomum. Mediante as metáforas que eles<br />

aqui empregam, preten<strong>de</strong>m não só dizer que são humilhados, mas<br />

também que se acham lançados no pó da terra, <strong>de</strong> tal modo que<br />

não conseguem erguer-se novamente. Há quem tome a palavra<br />

alma equivalente a corpo, <strong>de</strong> modo que haveria neste versículo<br />

uma repetição do mesmo sentimento. Eu, porém, o tomaria antes<br />

pela parte na qual consiste a vida <strong>de</strong> uma pessoa; como a dizer: Somos<br />

lançados no pó da terra e nos prostramos sobre nosso ventre,<br />

sem qualquer esperança <strong>de</strong> nos erguermos novamente. Após esta<br />

queixa, eles juntam uma oração [v. 26] para que Deus os levante<br />

com seu socorro. Pelo verbo redimir preten<strong>de</strong>m não o tipo ordinário<br />

<strong>de</strong> socorro, pois não havia nenhum outro meio <strong>de</strong> garantirem<br />

sua preservação, senão através <strong>de</strong> sua re<strong>de</strong>nção. E contudo não<br />

po<strong>de</strong> haver dúvida <strong>de</strong> que se <strong>de</strong>dicaram diligentemente a meditar<br />

na gran<strong>de</strong> re<strong>de</strong>nção da qual todos os livramentos divinos se<br />

efetuam diariamente em nosso favor, quando ele nos <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> dos<br />

perigos oriundos <strong>de</strong> vários meios, fluam <strong>de</strong> sua fonte como mananciais.<br />

Numa parte anterior do Salmo, se gloriaram na firmeza <strong>de</strong> sua<br />

fé; mas ao mostrar-nos que, ao fazer uso <strong>de</strong> tal linguagem, não se<br />

gloriaram em seus próprios méritos, não reivindicam aqui alguma<br />

recompensa pela qual tudo fizeram e tudo sofreram por Deus. Ficam<br />

satisfeitos em atribuir sua salvação à imerecida benevolência<br />

<strong>de</strong> Deus como a única causa <strong>de</strong>la.

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