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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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300 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

combinasse com a coragem militar as qualida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> justiça e misericórdia.<br />

Os reis que se <strong>de</strong>ixam levar por impulso cego e violento, por<br />

algum tempo po<strong>de</strong> até mesmo espalhar terror e consternação ao seu<br />

redor, todavia logo cairão pela compulsão <strong>de</strong> seus próprios esforços.<br />

Portanto, <strong>de</strong>vida mo<strong>de</strong>ração e invariável autocontrole são os melhores<br />

meios para tornar as mãos do bravo mais temidas e respeitadas.<br />

5. Tuas flechas são agudas. Aqui o salmista uma vez mais faz referência<br />

ao po<strong>de</strong>r bélico, ao dizer que as flechas do rei serão agudas, <strong>de</strong> modo<br />

que penetrarão os corações <strong>de</strong> seus inimigos; pelo quê ele notifica que<br />

tem em suas mãos armas com quê golpear, mesmo a longa distância, a<br />

todos os seus inimigos, quem quer que resista sua autorida<strong>de</strong>. No mesmo<br />

sentido, ele também diz que o povo cairá <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong>le; como se quisesse<br />

dizer: Quem quer que se engaje na tentativa <strong>de</strong> abalar a estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

seu reino perecerá miseravelmente, pois o rei tem em sua mão suficiente<br />

po<strong>de</strong>r par abater a obstinação <strong>de</strong> todas as pessoas como essas.<br />

[vv. 6-7]<br />

Teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; o cetro <strong>de</strong> teu reino é o cetro <strong>de</strong><br />

eqüida<strong>de</strong>. Tu amas a justiça e o<strong>de</strong>ias a perversida<strong>de</strong>; por isso Deus, o teu<br />

Deus, te ungiu com o óleo <strong>de</strong> alegria acima <strong>de</strong> teus companheiros.<br />

6. Teu trono, ó Deus, é para todo o sempre. Neste versículo o<br />

salmista enaltece outras virtu<strong>de</strong>s principescas em Salomão, ou seja, a<br />

eterna duração <strong>de</strong> seu trono, e então a justiça e a retidão <strong>de</strong> seu método<br />

<strong>de</strong> governo. Os ju<strong>de</strong>us, aliás, explicam esta passagem como se o discurso<br />

fosse dirigido a Deus, mas tal interpretação é frívola e improce<strong>de</strong>nte.<br />

Outros <strong>de</strong>ntre eles lêem a palavra אלהים , Elohim, no caso genitivo, e a<br />

traduzem, <strong>de</strong> Deus, assim: O trono <strong>de</strong> teu Deus. Para tal atitu<strong>de</strong>, porém,<br />

não há qualquer fundamento, e apenas trai sua presunção em não hesitarem<br />

torcer as Escrituras <strong>de</strong> forma tão <strong>de</strong>primente, ou seja, não se<br />

<strong>de</strong>ixam vencer pelo reconhecimento da <strong>de</strong>ida<strong>de</strong> do Messias. 3 O sentido<br />

simples e natural consiste em que Salomão reina não <strong>de</strong> forma tirânica,<br />

3 Veja-se Apêndice.

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