31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

ficiente. E assim, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> haver dito que sua força está nas nuvens, 57<br />

acrescenta que ele [Deus] é terrível <strong>de</strong>s<strong>de</strong> seus santos lugares, com isso<br />

querendo dizer que ele exerce seu po<strong>de</strong>r em seu templo, o que seria<br />

suficiente para confundir seus inimigos. Há quem entenda céu e terra<br />

como sendo os lugares santos, mas tal idéia não concorda com o<br />

contexto, pois imediatamente se acrescenta que o Deus <strong>de</strong> Israel daria<br />

força a seu povo. É evi<strong>de</strong>nte, pois, que o salmista está se referindo à<br />

proteção <strong>de</strong> Deus sobre sua Igreja. Usa-se o plural ao referir-se ao santuário,<br />

tanto aqui como em outros lugares, porque o tabernáculo era<br />

dividido em três partes. Ele aponta, em suma, para a arca do concerto,<br />

como sendo aquilo sobre o quê o povo crente <strong>de</strong> Deus reconheceria<br />

como símbolo <strong>de</strong> confiança, recordando a promessa: “habitarei no<br />

meio <strong>de</strong> vós”, e po<strong>de</strong>r, assim, repousar em segurança sob as asas da<br />

divina proteção, e confiadamente invocar seu nome. Qualquer razão<br />

que porventura Israel tivesse, em distinção dos <strong>de</strong>mais, <strong>de</strong> confiar na<br />

guarda divina, isso era inteiramente com base no pacto da livre graça<br />

pelo qual haviam sido escolhidos como herança peculiar <strong>de</strong> Deus.<br />

Lembremo-nos, contudo, que Deus continua a exercer ainda, em favor<br />

<strong>de</strong> sua Igreja, essas terríveis exibições <strong>de</strong> seu po<strong>de</strong>r, das quais fala o<br />

salmista.<br />

57 “Isso se refere ao fenômeno do trovão e do relâmpago; pois todas as nações têm observado<br />

que o fluído elétrico é um agente irresistível – <strong>de</strong>struindo vidas, reduzindo a pedaços torres e<br />

castelos, <strong>de</strong>spedaçando os mais fortes carvalhos e esmiuçando as mais sólidas rochas; e por<br />

mais iluminadas sejam as nações, elas os têm consi<strong>de</strong>rado com razão como sendo uma especial<br />

manifestação do po<strong>de</strong>r e da soberania <strong>de</strong> Deus.” – Greenfield.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!