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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 34 • 69<br />

<strong>de</strong> toda a Igreja. Em vez <strong>de</strong> Aquis, 2 aqui se emprega Abimeleque; e é<br />

provável que o último nome fosse a <strong>de</strong>signação comum dos monarcas<br />

dos filisteus, como Faraó era o título comum dos monarcas do Egito e<br />

César, o dos imperadores romanos, o qual foi tomado por empréstimo<br />

do nome <strong>de</strong> Júlio César, que foi o primeiro a ampliar o po<strong>de</strong>r imperial<br />

entre os romanos. Sabemos que muitas gerações antes que Davi<br />

nascesse, os reis que reinaram em Gerar, no tempo <strong>de</strong> Abraão, chamavam-se<br />

Abimeleque. Portanto, não <strong>de</strong>ve causar surpresa o fato <strong>de</strong> que<br />

este nome seja associado <strong>de</strong> século após século entre sua posterida<strong>de</strong><br />

e por ter se tornado o título comum <strong>de</strong> todos os reis da Palestina.<br />

O termo hebraico, ‏,טעם taäm, o qual traduzi por semblante [rosto],<br />

também significa discernimento, compreensão, 3 e portanto po<strong>de</strong> ser<br />

pertinentemente interpretado <strong>de</strong>sta maneira, ou seja, que ele parecia<br />

estulto e insípido. O verbo do qual se <strong>de</strong>riva propriamente significa<br />

provar, e portanto é com freqüência transferido para razão, compreensão<br />

e todos os sentidos. Conseqüentemente, para Davi, fingindo-se <strong>de</strong><br />

louco, o termo compreensão é muito apropriado. Ora, embora tenha<br />

se escapado através <strong>de</strong>ste expediente sutil, ele não nutre dúvida <strong>de</strong><br />

que fora libertado pela mão divina; tampouco atribui o louvor <strong>de</strong> seu<br />

salvamento à pretensa loucura, antes reconhece que a cruelda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

seu inimigo fora abrandada pela secreta influência divina, <strong>de</strong> tal modo<br />

que aquele que anteriormente se enraivecera contra ele agora se torna<br />

pacífico mediante um mero artifício. Certamente que não se <strong>de</strong>ve esperar<br />

que Aquis tivesse expulso com <strong>de</strong>sdém um homem tão bravo, a<br />

quem <strong>de</strong>scobrira ser um inimigo por <strong>de</strong>mais perigoso para todo o seu<br />

reino, e <strong>de</strong> quem tivera que suportar tão graves perdas. Isto suscita a<br />

pergunta: Davi fingiu-se <strong>de</strong> louco sob a orientação do Espírito Santo?<br />

2 Aquis po<strong>de</strong>ria ter sido seu nome particular, enquanto que Abimeleque era o título comum dos<br />

reis <strong>de</strong> Gate. A palavra, Abimeleque, significa Pai – Rei.<br />

3 Ainsworth traduz: sua conduta, ou seu juízo, razão; e observe-se que é “propriamente o sabor,<br />

como no versículo 9, Jó 6.6, e com freqüência em outros lugares, que é usado tanto para o juízo ou<br />

razão íntima <strong>de</strong> alguém quanto para o gesto e comportamento externo (como o grego aqui o traduz<br />

rosto) pelo quê uma pessoa é discernida e julgada ser sábia ou insensata, como se discernem<br />

os alimentos pelo sabor.”

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