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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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596 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

distantes e bárbaras nações. Na última parte do versículo, se assumirmos<br />

a interpretação sugerida por alguns, nada mais se significa<br />

senão que, quando o sol <strong>de</strong>sponta na alvorada, os homens são revigorados<br />

por sua luz; e também que, quando a luz e as estrelas<br />

aparecem à noite, são poupados da escuridão na qual, <strong>de</strong> outra<br />

forma, se veriam mergulhados. Caso esta interpretação seja adotada,<br />

<strong>de</strong>ve-se subenten<strong>de</strong>r uma preposição; como se ele dissesse:<br />

Tu levas os homens ao regozijo em razão do ou pelo nascer do sol,<br />

da lua e das estrelas. As palavras, porém, como se acham dispostas,<br />

comunicam um sentido que é suficientemente apropriado sem<br />

a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recorrer-se a qualquer adição. Diz-se que, em conseqüência<br />

das maravilhas operadas pelo Senhor, o temor se espalha<br />

por todas as partes mais distantes da terra; e a mesma coisa é agora<br />

asseverada no tocante à alegria que as maravilhas do Senhor difundiriam:<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o nascer ao pôr-do-sol, os homens se alegram no<br />

Senhor e <strong>de</strong>monstram temê-lo.<br />

[vv. 9-13]<br />

Tu tens visitado a terra e a tens regado; tu a tens enriquecido gran<strong>de</strong>mente;<br />

o rio <strong>de</strong> Deus está cheio <strong>de</strong> águas; tu lhes prepararás o trigo, quando a<br />

tiveres provido. Tu saturas seus sulcos, fazes a chuva cair neles; tu a ume<strong>de</strong>ces<br />

com pancadas <strong>de</strong> chuva; abençoas suas novida<strong>de</strong>s. Tu coroas o ano<br />

com tua bonda<strong>de</strong>, e tuas veredas <strong>de</strong>stilarão gordura. Destilam sobre as<br />

moradas 11 do <strong>de</strong>serto, e as colinas se cingirão <strong>de</strong> alegria. 12 As pastagens<br />

se vestem <strong>de</strong> rebanhos, os vales se cobrem <strong>de</strong> trigo; gritam <strong>de</strong> alegria, e<br />

também cantam.<br />

9. Tu tens visitado a terra e a tens regado. Este e os verbos que<br />

se seguem <strong>de</strong>notam ação que continua in<strong>de</strong>finidamente, e portanto<br />

po<strong>de</strong>m ser traduzidos no tempo presente. O significado exato do segundo<br />

verbo na frase tem sido pomo <strong>de</strong> controvérsia. Alguns o <strong>de</strong>rivam<br />

11 “Ou, pasturages.” – n.m.f. “Ou, pastagens.”<br />

12 “Curiosamente, os cintos são ainda trabalhados ou bordados como o eram nos tempos antigos,<br />

sendo uma parte essencial <strong>de</strong> <strong>de</strong>coração oriental tanto para homens como para mulheres. É<br />

provavelmente em alusão a tais cintos suntuosos usados particularmente em ocasiões <strong>de</strong> alegria<br />

que o salmista aqui representa as colinas como que ‘cingidas <strong>de</strong> alegria’”. – Mant.

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