31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Salmo 33 • 65<br />

olhar, ele <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> seu povo, supre suas necessida<strong>de</strong>s, o alimenta no tempo<br />

<strong>de</strong> fome e o preserva vivo quando se acha <strong>de</strong>stinado à morte. Toda<br />

a raça humana, sem dúvida, é sustentada pela providência divina; mas<br />

sabemos que seu cuidado paternal especialmente se <strong>de</strong>stina a nenhum<br />

outro senão a seus próprios filhos, os quais têm consciência <strong>de</strong> que suas<br />

necessida<strong>de</strong>s são por ele realmente levadas em conta.<br />

Além disso, quando se afirma que Deus, em tempos <strong>de</strong> fome e <strong>de</strong><br />

morte, tem em prontidão um antídoto para preservar as vidas dos piedosos,<br />

somos instruídos <strong>de</strong> que só os fiéis prestam a <strong>de</strong>vida honra à sua<br />

providência quando não permitem que seus corações percam o alento<br />

quando chega a mais extrema indigência; mas, ao contrário, <strong>de</strong>spertem<br />

suas esperanças mesmo nos recessos do túmulo. Deus às vezes permite<br />

que seus servos sofram fome por algum tempo, para que <strong>de</strong>pois os sacie,<br />

e que os envolve com as trevas da morte para que a seguir os restaure à<br />

luz da vida. Sim, só começamos a pôr nossa firme confiança nele quando<br />

a morte comparece diante <strong>de</strong> nossos olhos; porque, até que conheçamos,<br />

por experiência, a vacuida<strong>de</strong> dos auxílios do mundo, nossos afetos continuarão<br />

enredados por eles e jungidos a eles. O salmista caracteriza os<br />

crentes por duas marcas, as quais compreen<strong>de</strong>m toda a perfeição <strong>de</strong> nossa<br />

vida. A primeira consiste em que reverentemente sirvamos ao Senhor;<br />

e a segunda, que <strong>de</strong>pendamos <strong>de</strong> sua graça. Os hipócritas po<strong>de</strong>m blasonar<br />

alto e bom som <strong>de</strong> sua fé, mas nunca terão provado ainda que uma<br />

pequena porção da bonda<strong>de</strong> divina, até que sejam induzidos a buscar em<br />

Deus aquilo <strong>de</strong> que necessitam. Ao contrário, quando os fiéis se entregam,<br />

<strong>de</strong> todo o coração, ao serviço e temer <strong>de</strong> Deus, este afeto emana da<br />

fé; ou, melhor, a parte principal do verda<strong>de</strong>iro culto que os fiéis ren<strong>de</strong>m a<br />

Deus consiste nisto: que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da misericórdia divina.<br />

[vv. 20-22]<br />

Nossa alma espera em Jehovah; ele é nosso auxílio e nosso escudo. Seguramente<br />

que nosso coração se alegrará nele, porque 13 confiaremos em seu<br />

santo nome. Seja sobre nós, ó Jehovah, a tua misericórdia, conforme temos<br />

confiado em ti.<br />

13 “Ou, certes.” – n.m.f. “Ou, certamente.”

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!