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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 56 • 489<br />

ce; mas po<strong>de</strong>mos crer que ele não negligenciaria as sacras cerimônias<br />

da lei que era imposta à Igreja naquele tempo; e que ele fala <strong>de</strong> alguma<br />

solene expressão <strong>de</strong> gratidão, tal como era costume entre os ju<strong>de</strong>us na<br />

recepção <strong>de</strong> um sinal do favor divino.<br />

13. Pois da morte livraste minha alma. Isto confirma a verda<strong>de</strong><br />

da observação que já fiz, ou seja, que ele consi<strong>de</strong>rava sua vida como<br />

que recebida das mãos <strong>de</strong> Deus, sendo sua <strong>de</strong>struição inevitável, não<br />

fosse a miraculosa preservação que ele experimentara. Para remover<br />

toda dúvida sobre esse tema, ele fala <strong>de</strong> haver sido preservado, não<br />

simplesmente da traição, da malícia ou da violência <strong>de</strong> seus inimigos,<br />

mas da própria morte. E a outra forma <strong>de</strong> expressão que ele emprega<br />

comunica o mesmo sentido, quando acrescenta que Deus o havia<br />

protegido com sua mão, quando se achava à mercê <strong>de</strong> precipitar-se<br />

<strong>de</strong> ponta cabeça na <strong>de</strong>struição. Alguns traduzem ‏,מדחי mid<strong>de</strong>chi, <strong>de</strong><br />

cair; mas a palavra <strong>de</strong>nota, aqui, um violento impulso. Contemplando<br />

a gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> seu perigo, ele consi<strong>de</strong>ra seu escape como que provindo<br />

<strong>de</strong> nada mais senão <strong>de</strong> um [divino] ato miraculoso. É nosso <strong>de</strong>ver,<br />

quando resgatado <strong>de</strong> algum perigo, reter em nossa memória as circunstâncias<br />

<strong>de</strong>le e <strong>de</strong> tudo quanto o torna particularmente formidável.<br />

Durante o tempo em que ficamos expostos a ele, ficamos também à<br />

mercê <strong>de</strong> errar mediante uma excessiva apreensão; mas quando termina,<br />

somos por <strong>de</strong>mais prontos a esquecer nossos temores e também<br />

a bonda<strong>de</strong> divina manifestada em nosso livramento. Andar na luz dos<br />

viventes significa nada mais que <strong>de</strong>sfrutar da vital luz do sol. As palavras,<br />

diante <strong>de</strong> Deus, que no versículo estão na forma <strong>de</strong> interjeição,<br />

apontam para a diferença existente entre os justos, que fazem <strong>de</strong> Deus<br />

o gran<strong>de</strong> alvo <strong>de</strong> sua vida, e os ímpios, que se <strong>de</strong>sviam da vereda do<br />

bem e voltam suas costas para Deus.

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