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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 68 • 645<br />

naqueles que acossam sua Igreja. Isso é ainda mais notavelmente realçado<br />

no que se adiciona imediatamente a seguir, on<strong>de</strong> Deus é <strong>de</strong>scrito<br />

a vaguear no meio da <strong>de</strong>struição.<br />

22. O Senhor disse: Eu os farei voltar <strong>de</strong> Basã. Para que os<br />

israelitas não fossem levados a nutrir um conceito irreligioso e vanglorioso<br />

<strong>de</strong> suas vitórias; para que olhassem para Deus como o autor<br />

<strong>de</strong>las e repousassem certos <strong>de</strong> sua proteção em tempos futuros, Davi<br />

os faz retroce<strong>de</strong>r aos períodos primevos <strong>de</strong> sua história, e os leva a<br />

refletir como seus pais foram originalmente conduzidos pelas mãos<br />

vitoriosas <strong>de</strong> Deus, tirados das mais profundas tribulações. Ele ainda<br />

quis contestá-los dizendo que, se no princípio Deus resgatou seu povo<br />

das mãos <strong>de</strong> gigantes e das profun<strong>de</strong>zas do Mar Vermelho, então não<br />

<strong>de</strong>viam imaginar que ele os abandonaria em perigos semelhantes; <strong>de</strong>viam,<br />

sim, estar certos <strong>de</strong> que ele os <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ria em toda e qualquer<br />

emergência que porventura surgisse. Os profetas nutrem um perene<br />

hábito, como se sabe muito bem, <strong>de</strong> ilustrar a misericórdia divina fazendo<br />

referência à história da re<strong>de</strong>nção <strong>de</strong> Israel, para que o povo do<br />

Senhor, retroce<strong>de</strong>ndo ao seu gran<strong>de</strong> livramento original, encontrasse<br />

sólida razão para esperar interferências do mesmo gênero no futuro.<br />

Com o intuito <strong>de</strong> provocar uma impressão mais profunda, Deus é introduzido<br />

falando a si próprio. À luz do que ele diz, po<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar-se<br />

como uma asseveração <strong>de</strong> sua prerrogativa divina <strong>de</strong> trazer os mortos<br />

novamente à vida, pois a passagem <strong>de</strong> seu povo pelo Mar Vermelho,<br />

bem como a vitória sobre os guerreiros gigantes, eram uma espécie<br />

<strong>de</strong> ressurreição. 39 Há quem leia: Eu farei o inimigo fugir <strong>de</strong> Basã; 40 mas<br />

ça’, e ‘crânio hirsuto’”, observa o bispo Horne, “<strong>de</strong>notam a parte principal , a força, o orgulho e<br />

a glória do adversário que estava para ser massacrado”; e Roberts, em seu Oriental Illustrations,<br />

observa que “essa linguagem , ‘ferindo o crânio cabeludo’, ainda usado no Oriente, equivale dizer:<br />

“Eu te matarei.”<br />

39 Ou, “Eu os trarei <strong>de</strong> volta <strong>de</strong> Basã” po<strong>de</strong> ser assim explicado: Eu farei por meu povo as mesmas<br />

maravilhas que fiz nos dias antigos; fá-los-ei vitoriosos sobre seus orgulhosos inimigos, como<br />

fui antes capaz <strong>de</strong> triunfar no conflito com Ogue, rei <strong>de</strong> Basã (Dt 3.3, 4); e os livrarei dos maiores<br />

perigos, como os salvei do Mar Vermelho, abrindo-lhes uma passagem pelo meio do Mar.<br />

40 Walford consi<strong>de</strong>ra as pessoas aqui mencionadas, não o povo <strong>de</strong> Deus, mas seus inimigos.<br />

“É evi<strong>de</strong>nte”, diz ele, “à luz do versículo seguinte, que as pessoas que estão aqui implícitas são os

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