31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Salmo 68 • 639<br />

que ele não po<strong>de</strong> renunciar sua própria existência, assim como possui<br />

aquele po<strong>de</strong>r pelo qual os anjos estão subordinados à sua vonta<strong>de</strong>. Outra<br />

idéia sugerida é que Deus é muito mais <strong>de</strong>sejável que a todo um universo<br />

<strong>de</strong> anjos. A imensurável distância a que somos capazes <strong>de</strong> conceber Deus<br />

a afastar-se para longe <strong>de</strong> nós é uma circunstância que testa nossa fé; e, a<br />

fim <strong>de</strong> esclarecer isso, o salmista nos traz à lembrança o Sinai, lugar on<strong>de</strong><br />

houve gran<strong>de</strong> exibição <strong>de</strong> sua majesta<strong>de</strong>. A inferência era conclusiva <strong>de</strong><br />

que ele ainda habitava o santuário. Pois, por que Deus se manifestou naquela<br />

ocasião <strong>de</strong> uma maneira tão gloriosa? Evi<strong>de</strong>ntemente, para mostrar<br />

que seu pacto formava um sacro vínculo <strong>de</strong> união entre si e a posterida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Abraão. Aqui estão as palavras <strong>de</strong> Moisés: “Não está nos céus,<br />

para dizeres: Quem subirá por nós aos céus, que no-lo traga, e no-lo faça<br />

ouvir, para que o cumpramos? Nem tampouco está além do mar, para<br />

dizeres: Quem passará por nós além do mar, para que no-lo traga, e no-lo<br />

faça ouvir, para que o cumpramos?” [Dt 30.12, 13]. Conseqüentemente,<br />

menciona-se o Sinai com o intuito <strong>de</strong> ensinar-nos que, se <strong>de</strong>vemos fortificar<br />

nossa mente com inabalável fé na presença divina, é preciso que a<br />

<strong>de</strong>rivemos da Lei e dos Profetas.<br />

[vv. 18-24]<br />

Tu subiste ao alto, levaste cativo o cativeiro; 30 recebeste dons entre os<br />

homens; 31 sim, os rebel<strong>de</strong>s, para que o Senhor Jehovah 32 habite no meio<br />

<strong>de</strong> seu povo. Bendito seja o Senhor dia a dia; este Senhor nos cumulará<br />

com livramentos. Selah. Aquele que é nosso Deus é o Deus das salvações;<br />

e ao Senhor Jehovah 33 pertencem as saídas da morte. Seguramente Deus<br />

30 “Isto é, um número <strong>de</strong> prisioneiros cativos. Vejam-se Juízes 5.12; Ester 2.6; Isaías 20.4.” – Arcebispo<br />

Secker. Veja-se a frase semelhante em 2 Crônicas 28.5, 11; Números 21.1; Deuteronômio<br />

21.10. “A alusão po<strong>de</strong>ria ser aos triunfos públicos, quando os cativos eram levados em correntes,<br />

mesmo os reis e os gran<strong>de</strong>s homens, que haviam feito outros seus cativos.” – Dr. Gill.<br />

31 Hebraico,

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!