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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 40 • 223<br />

bonda<strong>de</strong> para com ele. Sempre que Deus manifeste sua liberalida<strong>de</strong> para<br />

conosco, também nos encoraja a ren<strong>de</strong>r-lhe graças; e prossegue agindo<br />

em nosso favor <strong>de</strong> forma semelhante quando vê que somos gratos e<br />

cônscios do que ele nos tem feito. Em primeiro lugar, Davi faz uso simplesmente<br />

da palavra justiça; mas ela <strong>de</strong>ve ser subentendida como sendo<br />

a justiça divina, a qual expressamente menciona logo <strong>de</strong>pois. Tampouco<br />

diz que oferecia seu louvor a Deus só no sentimento secreto do coração,<br />

ou <strong>de</strong> forma privativa, mas o havia publicamente proclamado na<br />

assembléia solene, ainda quando, naqueles dias, os fiéis costumavam<br />

testificar <strong>de</strong> sua <strong>de</strong>voção, apresentando a Deus ofertas pacíficas, assim<br />

que eram libertados <strong>de</strong> algum gran<strong>de</strong> perigo. A gran<strong>de</strong> assembléia <strong>de</strong><br />

que ele fala não <strong>de</strong>ve ser entendida como sendo a concorrência do povo<br />

que comparecia em reuniões formais ou em praça pública, mas <strong>de</strong>nota<br />

a Igreja <strong>de</strong> Deus genuína e legitimamente constituída, a qual, sabemos,<br />

se reunia no recinto <strong>de</strong> seu santuário. Por conseguinte, ele <strong>de</strong>clara que<br />

não havia escondido a justiça divina em seu coração, a qual nos faz publicamente<br />

conhecidos pela edificação recíproca. Os que a ocultam em<br />

seus corações estão seguramente buscando o quanto po<strong>de</strong>m fazer que<br />

a memória divina seja sepultada no olvido. Ele invoca a Deus como testemunha<br />

<strong>de</strong>ste fato, não só para fazer distinção entre ele e os hipócritas,<br />

os quais amiú<strong>de</strong> proclamam ruidosamente e com toda a sua força, os<br />

louvores <strong>de</strong> Deus, e contudo fazem isso sem a menor fagulha <strong>de</strong> afeto;<br />

mas também para tornar o mais sobejamente óbvio que ele, sincera e ar<strong>de</strong>ntemente,<br />

fizera ressoar os louvores <strong>de</strong> Deus, e fora pru<strong>de</strong>nte em não<br />

<strong>de</strong>fraudá-lo da menor parte <strong>de</strong>les. Esta afirmação nos ensina que o tema<br />

do qual ele aqui tratava não era <strong>de</strong> pequena importância; pois embora<br />

Deus <strong>de</strong> forma alguma careça <strong>de</strong> nossos louvores, contudo sua vonta<strong>de</strong><br />

é que este exercício, por diversas razões, prevaleça em nosso meio.<br />

10. Não ocultei tua justiça <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> meu coração. Aqui se faz<br />

necessário observar o acúmulo <strong>de</strong> termos que são empregados para<br />

<strong>de</strong>notarem a mesma coisa. À justiça <strong>de</strong> Deus o salmista acrescenta<br />

sua verda<strong>de</strong>, sua salvação e sua misericórdia. E qual é o propósito<br />

disto senão para magnificar e ressaltar a bonda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus através <strong>de</strong>

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