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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 50 • 407<br />

atrai, é só levemente e, por assim dizer, passageiramente. E, em segundo<br />

lugar, não damos aquela merecida importância ao <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> louvar. Somos<br />

por <strong>de</strong>mais inclinados a negligenciá-lo como algo trivial e totalmente<br />

banal; enquanto ele constitui o principal exercício da pieda<strong>de</strong>, no qual<br />

Deus nos quer engajados durante toda nossa vida. Nas palavras que se<br />

acham diante <strong>de</strong> nós, assevera-se que o sacrifício <strong>de</strong> louvor é a genuína e<br />

a<strong>de</strong>quada forma <strong>de</strong> cultuar a Deus. As palavras, me glorificará, implicam<br />

que Deus é então verda<strong>de</strong>ira e a<strong>de</strong>quadamente cultuado, e a glória que<br />

ele exige que se lhe <strong>de</strong>vote, quando sua bonda<strong>de</strong> é celebrada com um<br />

coração sincero e grato; todos os <strong>de</strong>mais sacrifícios, porém, aos quais os<br />

hipócritas atribuem tanta importância, são <strong>de</strong> nenhum valor em na avaliação<br />

divina e não têm nenhuma parte em seu culto. Sob a palavra louvor,<br />

contudo, estão compreendidas, como já observamos, tanto a fé quanto<br />

a oração. É mister que haja uma experiência da benevolência do Senhor<br />

antes que nossos lábios se abram para louvá-lo por ela, e tal benevolência<br />

só po<strong>de</strong> ser experimentada mediante a fé. Daqui se segue que todo<br />

o culto espiritual se acha compreendido sob o que é ou pressuposto no<br />

exercício do louvor ou flui <strong>de</strong>le. Conseqüentemente, nas palavras que se<br />

seguem imediatamente, o salmista convoca os que <strong>de</strong>sejavam que suas<br />

<strong>de</strong>vocionais fossem aprovadas por Deus: a or<strong>de</strong>nar bem seus caminhos.<br />

Pela expressão aqui usada, or<strong>de</strong>nar alguém corretamente seu caminho, há<br />

quem entenda significar arrependimento ou confissão <strong>de</strong> pecado; outros,<br />

ao remover do caminho tais coisas como base <strong>de</strong> ofensa ou obstáculos no<br />

caminho <strong>de</strong> outrem. Parece mais provável que o salmista lhes or<strong>de</strong>nasse<br />

a andarem no caminho reto como oposto àquele no qual os hipócritas se<br />

encontravam, e notifica que Deus só aceita a aproximação daqueles que o<br />

buscam com sincero coração e <strong>de</strong> maneira correta. Pela expressa, a salvação<br />

<strong>de</strong> Deus, não entendo, como o fazem alguns, uma gran<strong>de</strong> ou notável<br />

salvação. Deus fala <strong>de</strong> si mesmo na terceira pessoa, para mais claramente<br />

satisfazê-los do fato <strong>de</strong> que ele eventualmente provaria a todos os seus<br />

genuínos adoradores quão verda<strong>de</strong>iramente ele mantinha o caráter <strong>de</strong><br />

Salvador <strong>de</strong>les.

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