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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 54 • 455<br />

formal, quando se lhe <strong>de</strong>parasse oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> o fazer. Visto que<br />

Deus olhe principalmente para o sentimento íntimo do coração, não<br />

po<strong>de</strong> haver escusa <strong>de</strong> negligência em relação a tais ritos como a lei<br />

havia prescrito. Ele testificaria seu senso do favor que recebera, da<br />

maneira comum como todo o povo <strong>de</strong> Deus recebia, mediante sacrifícios,<br />

e com isso pretendia incitar outros ao cumprimento <strong>de</strong> seu <strong>de</strong>ver<br />

mediante seu exemplo. E sacrificaria voluntariamente; pelo quê ele não<br />

alu<strong>de</strong> à circunstância <strong>de</strong> que os sacrifícios <strong>de</strong> ação <strong>de</strong> graça eram uma<br />

opção dos adoradores, mas à alacrida<strong>de</strong> e prazer com que pagaria seu<br />

voto quando escapasse <strong>de</strong> seus presentes perigos. A forma geral como<br />

os homens prometem profusamente a Deus enquanto se acham sob a<br />

presente pressão <strong>de</strong> aflições, mas assim que passam entregam-se àquele<br />

displicência que lhes é peculiar e logo se esquecem da bonda<strong>de</strong> do<br />

Senhor. Davi, porém, se compromete a oferecer sacrifício voluntariamente,<br />

e não da forma como fazem os hipócritas, cuja religião é fonte<br />

<strong>de</strong> servilismo e constrangimento. Somos instruídos por esta passagem<br />

que, ao chegarmos à presença <strong>de</strong> Deus, não po<strong>de</strong>mos esperar sua aceitação<br />

a menos que abracemos seu serviço com uma mente disposta.<br />

A última cláusula <strong>de</strong>ste versículo, e do versículo seguinte, evi<strong>de</strong>ntemente<br />

se refere ao tempo quando o salmista obtivera o livramento<br />

que buscava. O Salmo todo, é verda<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ve ter sido escrito após seu<br />

livramento; mas até a este ponto ele <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rado como que<br />

registrando a forma <strong>de</strong> oração que usava enquanto ainda exposto ao<br />

perigo. Devemos supô-lo agora aliviado <strong>de</strong> suas ansieda<strong>de</strong>s e adicionando<br />

uma fresca expressão <strong>de</strong> sua gratidão. Nem é improvável que<br />

ele se refira às misericórdias que experimentara em outros períodos<br />

<strong>de</strong> sua história, e que eram evocadas à sua memória por aquela que<br />

nos é mais imediatamente comunicada nos versículos prece<strong>de</strong>ntes; <strong>de</strong><br />

modo que ele não <strong>de</strong>ve ser entendido como a <strong>de</strong>clarar, num sentido<br />

mais geral, que o nome <strong>de</strong> Deus era bom, e que o tinha libertado <strong>de</strong><br />

toda angústia. Já chamei a atenção, num Salmo anterior [Sl 52.6], para<br />

o sentido em que se diz verem os justos a <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> seus inimigos.<br />

É a visão do evento quando acompanhado <strong>de</strong> alegria e conforto; e é

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