31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Salmo 43 • 265<br />

pior do que ser privado da oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter acesso ao santuário.<br />

Temos uma evidência do triunfante testemunho <strong>de</strong> sua sã consciência,<br />

nisto: que ele <strong>de</strong>posita a <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> sua causa na mão divina. O verbo<br />

julgar, do qual ele lança mão, outra coisa não significa senão confiar a<br />

alguém a <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> sua causa; e expressa seu significado mais claramente,<br />

acrescentando: pleiteia minha causa. A substância e objetivo<br />

<strong>de</strong> sua oração realmente era para que pu<strong>de</strong>sse livrar-se dos homens<br />

perversos e maliciosos, por quem era ele imerecidamente perseguido.<br />

Mas visto que é aos miseráveis e injustamente culpados, os quais são<br />

iniquamente afligidos, que Deus promete seu auxílio, Davi, antes <strong>de</strong><br />

tudo, se submete a ser examinado por aquele que, havendo <strong>de</strong>scoberto<br />

e provado plenamente a retidão <strong>de</strong> sua causa, finalmente po<strong>de</strong><br />

conce<strong>de</strong>r-lhe socorro. E visto ser uma fonte mui alegre <strong>de</strong> consolação<br />

para nós, <strong>de</strong>scobrir que Deus se digna <strong>de</strong> tomar conhecimento<br />

<strong>de</strong> nossa causa, assim também nos é <strong>de</strong>bal<strong>de</strong> esperar que ele vingue<br />

as injúrias e males que nos são feitos, a menos que nossa própria integrida<strong>de</strong><br />

seja manifesta <strong>de</strong> tal forma a induzi-lo a nos ser favorável<br />

contra nossos adversários. Pela expressão, a nação inclemente, <strong>de</strong>ve-<br />

-se enten<strong>de</strong>r toda a companhia dos inimigos <strong>de</strong> Davi, os quais eram<br />

cruéis e <strong>de</strong>stituídos <strong>de</strong> todo e qualquer sentimento <strong>de</strong> humanida<strong>de</strong>. O<br />

que se segue concernente a o homem fraudulento e perverso, po<strong>de</strong><br />

muito bem ser aplicado a Saul; mas tudo indica que é uma forma <strong>de</strong><br />

expressão na qual, por meio <strong>de</strong> análage, o singular é usado em lugar<br />

do plural.<br />

2. Pois tu és o Deus <strong>de</strong> minha força. Este versículo difere bem<br />

pouco do versículo 9 do Salmo prece<strong>de</strong>nte, e a diferença consiste mais<br />

em palavras do que em essência. Colocando como um escudo contra<br />

a tentação o fato <strong>de</strong> que havia experimentado a presença do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

Deus em seu íntimo, ele se queixa <strong>de</strong> que sua vida é gasta em pranto,<br />

porquanto se vê como se estivesse entregue ao arbítrio <strong>de</strong> seus inimigos.<br />

Consi<strong>de</strong>ra absolutamente certo que seus inimigos não teriam<br />

po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> fazer-lhe mal se isso não lhes fosse permitido por Deus; e<br />

portanto pergunta, como se fosse algo completamente irracional,

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!