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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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64 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

[vv. 18-19]<br />

Eis que os olhos <strong>de</strong> Jehovah estão sobre os que o temem, sobre aqueles<br />

que esperam em sua misericórdia, para livrar suas almas da morte e para<br />

conservar-lhes a vida no tempo da fome.<br />

18. Eis que os olhos <strong>de</strong> Jehovah estão sobre os que o temem. Havendo<br />

<strong>de</strong>monstrado que o que os homens consi<strong>de</strong>ram sua melhor <strong>de</strong>fesa<br />

amiú<strong>de</strong> não lhes traz nenhum proveito, ou, melhor, é totalmente sem valia<br />

quando os homens <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> tais coisas, o salmista agora mostra, em<br />

contrapartida, que os crentes, embora não sejam revestidos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong>r nem possuam gran<strong>de</strong> riqueza, não obstante são suficientemente<br />

protegidos só pelo favor divino e estarão seguros para sempre. Seu sentido<br />

é bem ilustrado com esta comparação, a saber, que os reis e gigantes<br />

não recebem nenhum auxílio <strong>de</strong> sua invencível força, enquanto que Deus<br />

sustenta a vida dos santos na fome e na morte, tão realmente como se sua<br />

vida fosse restaurada quando mortos. Conseqüentemente enten<strong>de</strong>mos<br />

melhor por que o profeta põe abaixo toda a força do mundo; seguramente<br />

não que os homens fiquem prostrados ou sejam tão quebrantados que<br />

se entreguem ao <strong>de</strong>sespero, mas porque, <strong>de</strong>sfazendo-se <strong>de</strong> seu orgulho,<br />

firmem bem seus pensamentos em Deus somente e se persuadam <strong>de</strong> que<br />

sua vida <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da proteção divina. Além do mais, ao dizer que os olhos<br />

<strong>de</strong> Deus estão postos sobre os que o temem e os salva, ele expressa mais<br />

do que se houvera dito que sua mão e po<strong>de</strong>r foram suficientes para preservá-los.<br />

É possível que uma dúvida entre sorrateiramente nas mentes<br />

dos fracos, a saber, se Deus esten<strong>de</strong>ria esta proteção a todo e qualquer<br />

indivíduo. Quando, porém, o salmista o introduz como que mantendo vigilância<br />

e custódia, por assim dizer, sobre a segurança dos fiéis, não há<br />

razão por que algum <strong>de</strong>les <strong>de</strong>va tremer ou hesitar em si mesmo por um<br />

longo período, uma vez que é certo que Deus está presente com ele e o<br />

assiste, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que o mesmo permaneça tranqüilo <strong>de</strong>baixo da providência<br />

divina. À luz <strong>de</strong>ste fato, também surge ainda mais claramente quão veraz<br />

era o que acabava <strong>de</strong> dizer: quão bem-aventurado é o povo cuja Deus é<br />

Jehovah, porque, sem ele toda a força e riquezas que porventura possuamos<br />

serão <strong>de</strong>bal<strong>de</strong>, ilusórias e perecíveis; enquanto, com um único

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